terça-feira, 6 de maio de 2014

BR-448: um caminho cada vez maior de escuridão

Sem a sinalização refletiva na pista e nas laterais, mais da metade da Rodovia do Parque (BR-448) estaria fadado à escuridão.
Entre Sapucaia do Sul e Porto Alegre são pelo menos 16 quilômetros com algum tipo de problema na iluminação. Há pontos com iluminação parcial, em que existem lâmpadas apagadas entre as acesas. Porém o ponto mais crítico se concentra entre os marcos dos quilômetros 11 e 21, em que boa parte coincide com os dois sentidos no escuro. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) diz que segue com patrulhamento reforçado na rodovia durante a noite e orienta os motoristas a redobrarem a atenção nos trechos sem luz. Os usuários sentem a diferença ao ingressar na rodovia. Mas além da iluminação, falhas na sinalização sobre a pista e a falta de placas, como as que indicam números de emergência, por exemplo, chamam a atenção no trecho que leva à capital. Inaugurada em dezembro do ano passado, a Rodovia do Parque passa a impressão de abandono a quem circula por ela durante a noite. Para o metalúrgico Wagner dos Passos, 23, o trecho carece de manutenção. "Soube que houve furtos de cabos na rodovia, por isso acho que deveria ter mais manutenção periódica. Nessas condições, acho perigoso dirigir à noite, principalmente quando o fluxo de carros é intenso", argumenta o também morador de Novo Hamburgo. O supervisor de tecelagem Ezequiel Centa, 25, que mora em Farroupilha, pondera. "Passo pouco por essa rodovia, mas percebi que tem pouca iluminação. O pior ainda é a falta de marcação na pista, isto dificulta bastante na hora de dirigir. Mas em compensação tem outros pontos que estão em ótimo estado", relata. Um problema sem previsão de ser resolvido Há pouco mais de um mês, 12,5 dos 22,3 quilômetros da Rodovia do Parque estavam às escuras. Agora já são pelo menos 16, segundo recente levantamento feito pela reportagem. Embora o problema esteja se agravando, a superintendência estadual do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) afirma que ainda não há previsão de quando o problema será resolvido. Por meio de assessoria, o Dnit informou que aguarda a apresentação de um projeto técnico prevendo a instalação de uma rede aérea ligando os postes de iluminação da BR-448. Atualmente a rede é subterrânea, sob a mureta central da rodovia, o que facilita o acesso dos ladrões de fios de cobre. O projeto, conforme o Dnit, foi solicitado à empresa Mercúrio, que não teria prazo para concluí-lo. Responsável pelo projeto original da iluminação da BR, a prestadora de serviço - que é de Sapucaia do Sul - não se manifestou sobre o tema. Ainda de acordo com o Dnit, após a entrega do projeto da rede aérea pela empresa os técnicos farão uma análise para posterior encaminhamento da licitação. Também não existe previsão de quanto tempo esta etapa levará para ser vencida. Após a licitação será contratada a empresa que instalará a nova rede, resolvendo o problema dos furtos de cabos. Somente aí que o Dnit repassará a manutenção da iluminação pública da BR-448 às prefeituras de Porto Alegre, Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul

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