Testes dos novos vagões da Trensurb começam em maio de 2014

Transporte público referencial do eixo norte da região metropolitana, a Trensurb estima que a partir do segundo semestre deste ano começará a ofertar mais qualidade aos cerca de 215 mil usuários que diariamente usam do serviço, no trecho entre Porto Alegre e Novo Hamburgo.

Entre 27 e 31 de maio começam os testes no primeiro dos 15 novos trens adquiridos pela estatal, chamado “cabeça de série”, e atualmente em fase de construção em São Paulo. “O colocaremos na via no turno da noite, após o encerramento das atividades dos trens e, portanto, sem passageiros”, assinala o diretor presidente da Trensurb, Humberto Kasper, ao esclarecer que o período será de ajustes técnicos da composição (um trem e quatro vagões) ao sistema. As informações técnicas da “cobaia” serão repassadas ao consórcio FrotaPOA, que constrói os veículos, para que os demais a serem entregues já cheguem “afinados”. “A nossa ideia de entrada efetiva em operação é setembro ou outubro e já no verão de 2014/15 devemos ter os demais trens operando”, projeta ele. Uma pergunta frequente a quem utiliza o serviço no dia a dia é se os novos trens significarão mais conforto. “Com certeza, pois são veículos que virão com climatização, bancos padrão similares aos atuais, mas com disposição longitudinal (vertical) e não horizontal como hoje, além de termos bancos especiais para portadores de necessidades especiais e uma facilitação da circulação interna dos veículos”, assegura Kasper. Cita, ainda, um sistema de informação visual com TV dentro dos vagões e de monitoramento interno, que possibilitará ao operador do trem visualizar toda a composição. Como são as novas composições - 15 novos trens, com cada composição composta de um trem e quatro vagões - Capacidade: de até mil passageiros por composição, sendo 148 passageiros sentados por vagão. - Estrutura dos vagões: bancos longitudinais, com oito monitores de vídeo para apresentação de vídeos, mensagens e mapa de linha; suportes para até cinco bicicletas por vagão; área para acomodação de duas cadeiras de rodas por vagão; equipamento de ar-condicionado com regulagem automática; iluminação interna com LED; sistema de detecção de incêndio. - O valor do contrato com o consórcio FrotaPOA, das empresas Alstom e CAF, é de R$ 243,75 milhões, ou R$ 16,25 milhões por trem. A vida útil mínima dos novos veículos deve ser de 30 anos e a promessa é que o consumo de energia será de 20% a 30% menor do que os atuais, já que possuirá sistema de tração mais moderno e eficiente. - Comprimento total: 85,14 metros. -Velocidade máxima: 90 km/h Melhora na capacidade Conforme o diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, a disposição longitudinal dos bancos nos novos trens dará maior capacidade interna de passageiros aos vagões, numa relação de 20% a 25% de passageiros sentados e o restante em pé, para um total de mil passageiros por composição. “O transporte coletivo em geral especifica de cinco a seis passageiros por metro quadrado como limite para a hora de pico em se fôssemos transportar todos os passageiros em hora de pico sentados, precisaríamos de 100 trens. Trabalhamos com frota que tem ocupação limite”, pontua Kasper. “Nossos controles de circuito de vias são para quatro carros e, mantendo isso com os novos trens, poderemos trabalhar no pico com carros acoplados, montando dois trens, que serão transformados em oito vagões, podendo levar até 2 mil passageiros”, exemplifica.