terça-feira, 25 de junho de 2013
Concepa propõe construção de quarta faixa na Freeway entre Porto Alegre e Gravataí
A Concepa apresentou um projeto para tentar diminuir os congestionamentos na Freeway nos 21 quilômetros de rodovia, entre Porto Alegre e Gravataí. A pedido da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a concessionária propôs realizar uma série de melhorias como a construção de uma quarta faixa em cada um dos sentidos da Freeway, além da ampliação da iluminação pública na região.
A alternativa ganhou corpo após a implantação da mesma medida entre Osório e Santo Antônio da Patrulha. Congestionamentos neste ponto da rodovia correspondiam a 144 horas do ano, equivalente a seis dias.
Já a lentidão registrada entre Porto Alegre e Gravataí consomem 1,5 mil horas do ano, que correspondem a mais de dois meses. Em dias de semana, os congestionamentos no quilômetro 95 da rodovia chegam a 4h no começo das manhãs e 2h ao final de tarde.
Com a inauguração da Rodovia do Parque, prevista para o final do ano, o tempo de congestionamento na Freeway vai quase que dobrar, porque os veículos vão chegar de forma mais rápida em Porto Alegre. Assim, a BR-448 já deve nascer congestionada na chegada à Capital.
Para o especialista em trânsito e professor do Laboratório de Sistemas de Transporte da UFRGS, João Fortini Albano, a implantação da quarta faixa na Freeway precisa sair do papel.
- Está caindo de maduro a necessidade de mais uma faixa de rolamento - defende Albano.
O estudo da Concepa, protocolado na semana passada na ANTT, sugere obras nos 21 quilômetros de Porto Alegre a Gravataí levando em conta que as obras ocorreriam na pista do sentido Capital-Litoral e na pista do Litoral-Capital.
Para construir a quarta faixa, a Concepa propõe acabar com o canteiro central. As duas pistas seriam separadas por muros de concreto, como hoje é a BR-116 entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. A largura das faixas de rolamento diminuiria de 3,75 metros para 3,60 metros. O canteiro lateral direito seria mantido como está.
O estudo da Concepa, protocolado na semana passada na ANTT, sugere obras nos 21 quilômetros de Porto Alegre a Gravataí levando em conta que as obras ocorreriam na pista do sentido Capital-Litoral e na pista do Litoral-Capital.
Para criar a quarta faixa entre Porto Alegre e Gravataí, a Concepa eliminaria o canteiro central da rodovia - Arte: Divulgação / Concepa
Pelo cronograma proposta pela concessionária, os trechos mais congestionados seriam atacados primeiro:
1. km 96 ao km 94 – Castelo Branco até BR-448
2. km 94 ao km 92 – BR-448 até interconexão com a BR-116
3. km 92 ao km 86 – Interconexão da BR-116 até Acesso Assis Brasil
4. km 86 ao km 75 – Assis Brasil até acesso da ERS-118
Se a proposta for aprovada até final de julho de 2013, todo o projeto poderia ser executado até o final do ano de 2015. O primeiro trecho que receberia a ampliação, da Rodovia do Parque até a ponte do Guaíba, seria liberado em março de 2014.
Na proposta ainda consta uma alça direta da Freeway para a rua João Moreira Maciel, que acabaria com o cruzamento atual. Também está prevista a construção de uma alça para a Avenida Sertório, o que eliminaria a parada dos veículos no semáforo da rua Voluntários da Pátria.
A quinta faixa, a de aceleração, seria criada na saída e entrada da Rodovia do Parque e também na saída da avenida Flores da Cunha, em direção a Porto Alegre.
Outra obra seria a construção de uma alça de acesso direto para a avenida Ernesto Neugebauer para quem vem pela Freeway no sentido Capital-Litoral. A sugestão da Concepa também prevê a iluminação pública da Freeway, de Porto Alegre até Gravataí. O custo total das obras é de R$ 100 milhões.
Em fevereiro, a ANTT sugeriu uma solução para a Concepa sobre os congestionamentos entre Osório e Santo Antônio da Patrulha. Após a implantação da mudança, a concessionária começou os trabalhos para realizar a mesma obra na Região Metropolitana de Porto Alegre, que registra muito mais congestionamento durante o ano do que o trecho do Litoral Norte.
O diretor de Engenharia e Operações da Concepa, Thiago Vitorello, projeta a dificuldade ainda maior que os motoristas terão para chegar a Porto Alegre após a inauguração da Rodovia do Parque.
- Se nada for feito, haverá o dobro do congestionamento. Se começarmos logo a quarta faixa da BR-448 até a ponte do Guaíba conseguiríamos entregá-la em março do ano que vem.
Caberá agora a ANTT avaliar o estudo e sugerir possíveis mudanças. Ao Governo Federal restará a decisão de autorizar ou não as obras. Se forem aprovadas as alterações, a ANTT irá definir como a Concepa será paga. Existem quatro possibilidades: pagamento direto do Governo Federal para a concessionária, aumento no preço da tarifa (solução não defendida pela Concepa), prorrogação da concessão ou a troca de obras já previstas em contrato.
Um exemplo dessa última proposta: a Concepa precisa alargar em 80 centímetros o acostamento da ponte do Rio Jacuí. Com a construção da nova ponte do Guaíba, essa ponte seria subutilizada. A concessionária propõe usar os recursos dessa obra na implantação da quarta faixa entre a Rodovia do Parque e a Ponte do Guaíba.
Se houver intenção do Governo Federal em realizar as melhorias e se a ANTT optar pela prorrogação de contrato, a estimativa da Concepa é que o contrato de concessão seria ampliado por mais dois anos, estendendo também os serviços de manutenção e conservação de rodovia, serviço de guincho e socorro médico já prestados.
A estimativa é que os técnicos da ANTT avaliem as propostas em até 60 dias.
As propostas já foram apresentadas para o Dnit, Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística e EPTC, além da própria ANTT, que sugeriu o estudo.
Por http://wp.clicrbs.com.br/estamosemobras em 25.6.2013
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