sexta-feira, 14 de junho de 2013
Trensurb com capacidade máxima nos horários de pico
Um ano. Este é o tempo estimado para a Trensurb dar início à operação dos novos 60 vagões e 15 composições, com quatro carros cada, que prometem mudar para melhor a realidade dos 182 mil usuários que diariamente utilizam o transporte nos 39 quilômetros entre as estações Mercado, em Porto Alegre, e Santo Afonso, em Novo Hamburgo.
A garantia é do diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper. "O primeiro trem tem previsão de chegada para maio de 2014", ressalta ele, ao destacar a capacidade de 996 passageiros por vagão, sendo 148 sentados. Adquiridos ao custo de R$ 243,75 milhões - R$ 16,5 milhões por carro - os novos trens estão em fase de montagem pelo consórcio FrotaPOA, vencedor da licitação. Pelo aspecto do conforto ao usuário, o informe é um alento.
Hoje, na "hora do rush", a média é de seis pessoas disputando o metro quadrado nos 27 vagões que integram a frota da Trensurb, de 28 anos. "Esta é uma especificação e padrão mundial para transporte público de massa, que prevê essa distribuição", argumenta Kasper, ao confirmar que até a chegada dos novos veículos a companhia trabalhará no limite, sendo muito difícil melhoras nos atuais trens, que operam à pleno para atender a demanda. "Tentamos uma licitação para climatizar os veículos no ano passado, mas não vingou. Talvez consigamos abrir outra até o final deste ano, buscando na reforma os itens de conforto que estarão nos novos", explica ele.
Trem virá até o final do ano
Até dezembro de 2013 as três estações da Trensurb em Novo Hamburgo, que ainda recebem obras, devem estar em funcionamento. De acordo com o coordenador geral das obras de expansão, Lino Fantuzi, a estação Industrial está com a parte civil concluída, a estação Fenac ainda realiza algumas obras no acesso ao terminal rodoviário, e a estação Novo Hamburgo está com os trabalhos concentrados nos acessos.
“Vamos finalizar o acesso leste, e o acesso oeste será de responsabilidade da empresa que vencer o processo licitatório para administração do centro comercial do terminal de integração.Essa licitação está em andamento”, detalha. Segundo o coordenador, até o fim de agosto a parte física das obras será concluída, o que inclui construções e demais instalações.
“Depois disso começam os testes de certificação do sistema. Quando isso estiver liberado, terão início os testes.Certamente até o fim do ano as três estações estarão funcionando”, diz.
Estratégia para a hora do rush
Para evitar a superlotação hoje vivenciada em horários de pico (das 6h24 às 8h31 e das 17h40 às 18h24, no sentido interior-capital, e das 7 horas às 7h49 e das 17h04 até 19h08, no sentido contrário), a Trensurb deverá operar com 34 a 35 trens nesses horários quando os novos veículos começarem a entrar no sistema, em maio do próximo ano.
“Acoplaremos dois trens de quatro carros cada, transformando numa composição de oito vagões e muito mais capacidade de público”, comenta o presidente da Trensurb, Humberto Kasper. Esse bi-trem, todavia, exigirá um intervalo maior no deslocamento entre as estações.
30 mil novos usuários
Com a inauguração até o final deste ano do restante da estações de Novo Hamburgo, a estimativa é de que 30 mil usuários do transporte público do Município e região migrem de forma gradativa para o Trensurb, tornando ainda mais complexo o dito “esgotamento do trem”.
“Hoje temos o acréscimo de 10 a 12 mil passageiros por dia com a abertura das estações Rio dos Sinos e Santo Afonso (em julho do ano passado) e acreditamos que esse número de 30 mil não migre de uma vez só”, diz Humberto Kasper, ao defender que até o final de 2014, 40 trens estarão em operação no sistema.
Bilheterias em horário de pico
Sobre reclamações de carência de servidores em alguns horários, a empresa diz que hoje existem 968 empregados ativos, dos quais 264 são assistentes operacionais em estações, que contam com pelo menos duas bilheterias abertas nos horários de pico, salvo problemas eventuais. Prevendo o aumento no número de trens, a empresa desenvolve estudo para adequar o quantitativo e as escalas do corpo funcional à nova realidade, esclarecendo ainda que em horários de menor movimento, e de forma eventual, apenas uma bilheteria funciona em estações de menor fluxo.
Por http://www.jornalnh.com.br em 13.6.2013
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