segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Monitoramento da BR-116 em setembro 2011



A Polícia Rodoviária Federal deve inaugurar em setembro a central de operações de videomonitoramento das 24 câmeras, instaladas no trecho da BR-116 de Novo Hamburgo a Porto Alegre. Os equipamentos farão a vigilância da rodovia por 24 horas. A ideia é controlar a criminalidade, dar mais rapidez nos atendimentos e flagrar infrações de trânsito. O projeto tem investimento de R$ 2 milhões, verba proveniente do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do governo federal. Os olhos eletrônicos também vão servir para potencializar a vigilância das cidades cortadas pela 116, uma vez que a intenção é que as imagens possam ser compartilhadas pelas autoridades policiais dos municípios.
O chefe de comunicação da PRF, Alessandro Castro, explica que o videomonitoramento está em fase de testes e, atualmente, são 16 câmeras operando, de Porto Alegre até Sapucaia do Sul. Em Novo Hamburgo, os quatro aparelhos já estão filmando a rodovia, porém, desde março, foram constatados problemas na captação de imagens na antena de São Leopoldo. A intenção é consertar o defeito até fim de setembro.
Castro explica que a transmissão dos dados das imagens de Novo Hamburgo para o município vizinho é por sinal de rádio e, devido aos edifícios altos e outras interferências, a má qualidade da captação está impedindo o funcionamento dos aparelhos. “O prazo é final de setembro para estar tudo consertado e, quando todo o sistema estiver funcionando normalmente, poderemos dar continuidade na parceria de integração com os municípios para os trabalhos de videomonitoramento”, conta.
Central de Operações
A Central de Operações ficará em Porto Alegre, na free way (BR-290), e terá seis televisores, três computadores e três notebooks, monitorados por três policiais treinados. A PRF também está elaborando um protocolo de operação do sistema de monitoramento, o que irá definir como o órgão usará as imagens e o que poderá ser feito com elas, organizando a estrutura de operação. “Esse protocolo vai definifir se as imagens também vão ser utilizadas para a fiscalização do trânsito e, com isso, talvez, a possibilidade de multas aos motoristas”, avisa o chefe de Comunicação Social da PRF, Alessandro Castro.
Otimização de recursos humanos
Controlar a criminalidade, melhorar o atendimento aos usuários da rodovia e trabalhar unidos para formar equipes de inteligência são as ideias do monitoramento das câmeras da BR-116, com ações integradas entre os municípios e a Polícia Rodoviária Federal, explica o inspetor representante da PRF no Gabinete de Gestão Integrada de Novo Hamburgo, Paulo Rodrigues Júnior. Ele conta que o projeto já tem, desde o começo, a meta de permitir que as instituições de segurança acessem as imagens. “Município e PRF, juntos, só somam e complementam o serviço para melhor. Isso é otimização dos recursos humanos”, argumenta.
Rodrigues explica que, em caso de ocorrência próximo de um acesso da BR-116 e a Guarda Municipal está mais perto, eles poderão prestar um primeiro serviço. “Claro que cada órgão fica a cargo de suas responsabilidades e ocorrências, mas é uma maneira de cada um apoiar de forma mútua”, acrescenta.
Imagens armazenadas por 30 dias
As câmeras têm a capacidade de armazenar as imagens por 30 dias, permitindo a seleção delas por backup, explica o chefe de comunicação da PRF, Alessandro Castro. “Assim, será melhor para monitorar a segurança, orientar motoristas e agilizar os atendimentos dos acidentes, liberando a rodovia de forma mais rápida”, explica. O secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada de Novo Hamburgo, Mauro Silva, conta que o diálogo com a PRF para fazer com que Novo Hamburgo também tenha acesso às imagens ocorre desde o começo do projeto. “É de muito interesse nosso. A PRF sabe desse nosso desejo. As câmeras ainda estão em fase de teste e apresentam alguns problemas. Mas vamos ficar no aguardo”, diz.
COMO VAI FUNCIONAR
1 As 24 câmeras estão instaladas em postes ao longo de 36 quilômetros da rodovia, desde o entroncamento da RS-239, entre Novo Hamburgo e Estância Velha, até a ponte do Guaíba, em Porto Alegre
2 Em um primeiro momento, o sistema pretende dar mais segurança à BR-116, monitorando, por exemplo, possíveis fugas com veículos roubados e acidentes em tempo real
3 Posteriormente, as câmeras poderão funcionar como ferramentas fiscalizadoras de infrações de trânsito. O equipamento tem recursos de zoom de 70 vezes que permitem a leitura das placas dos veículos
4 As imagens serão para uso interno da PRF e não serão disponibilizadas na Internet para o público. O órgão, porém, poderá usar o material para verificação do fluxo do tráfego e acionar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pela rodovia, quando necessário
5 As imagens poderão ser solicitadas, por exemplo, por um motorista que tenha se envolvido em um acidente
6 O sistema é formado por 28 câmeras, sendo 24 fixas com giro de 360 graus e quatro móveis, ligadas a carros da PRF
Extraído do Jornal Vale do Sinos 25/8/2011.

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