quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Prefeitura Canoense contesta denúncias do jornal paulista

O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, reagiu com indignação à matéria publicada ontem no jornal Estado de São Paulo sobre supostas irregularidades na destinação de recursos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) para reassentamento de 599 famílias da área por onde vai passar a BR-448 (Rodovia do Parque). O prefeito disse que não irá retirar os moradores para a vila de passagem (local provisório até a construção de casas) sem o Dnit autorizar a publicação dos editais à construção das moradias definitivas.
O grande temor do gestor canoense é que esta sequência de denúncias envolvendo o Ministério dos Transportes e Dnit prejudique a execução da obra, que é vital à mobilidade da região. “Este era o único jeito de a estrada acontecer. O pessoal mora lá há 40 anos. Chamá-los de sem-terra é querer forçar a realidade. No ritmo que as coisas estão, corremos o risco de a obra ser paralisada dentro de, no máximo, um mês. Depois que parar, vai mais um ano para ser retomada. Isso é lamentável”, fala Jairo.
Diante do risco iminente, o prefeito de Canoas e os colegas da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Granpal) buscam uma audiência com os ministros Míriam Belchior (Planejamento), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Paulo Passos (Transportes) para tratar a questão. “Estamos muito preocupados com essa possível interrupção da obra”, diz.
Contrapartida de R$ 2,5 milhões
Jairo Jorge lembra ainda que a Prefeitura entra com a contrapartida de 2,5 milhões de reais, através da disponibilização dos terrenos para a construção da vila de passagem. “A Prefeitura podia ter cruzado os braços e deixado o problema com o governo federal. A cessão da áreas foi a forma encontrada para dar uma solução rápida ao problema. Não é um problema habitacional. É um problema da estrada”, explica, rebatendo aqueles que criticam a utilização de verbas do Dnit para construção de casas. Dos 30 milhões de reais previstos para a ação, apenas 3 milhões de reais já foram repassados. O valor calculado foi de 50 mil reais por moradia.

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