A Rodovia do Parque (BR-448) por enquanto é uma obra quase invisível aos olhos daqueles que passam pela saturada BR-116 entre Novo Hamburgo e Porto Alegre. Mas um sobrevoo, como o realizado em julho pelo consórcio gerenciador da obra, é suficiente para notar que a nova ligação entre Sapucaia do Sul e Porto Alegre está evoluindo consistentemente. Mesmo com a crise no Ministério dos Transportes, com foco no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo o ministro dos Transportes, Sérgio Passos, cerca de 35% da estrada está concluída. Mas é preciso ficar atento.
Os 22,34 quilômetros estão sendo empreendidos a partir do zero, em campo aberto, e deverão estar prontos em 2013. O traçado atravessa áreas alagadiças do Rio dos Sinos, ocupadas por lavouras de arroz, matas e moradias. Quem passa pela BR-116 em Sapucaia ou BR-290 em Porto Alegre, onde há intervenções, mal nota o porte da obra em andamento. As fotos aéreas obtidas pelo jornal ABC, porém, dão uma boa ideia da grandiosidade da obra que se agiganta ao oeste da BR-116.
A pavimentação da BR-448 já começou. Do chão, desde meados de julho dá para ver máquinas no primeiro trecho preparado para ser asfaltado, localizado no Lote 2, entre os quilômetros 13,84 e 14,44, em Canoas. São os primeiros 600 metros de uma nova frente de trabalho, que entra com outras já em operação.
Por exemplo, o Lote 3 está focado na construção da ponte estaiada sobre o Rio Gravataí e nos viadutos de acesso a Canoas e da BR-290. No canteiro de obras, a fabricação de vigas e lajes de concreto não para dia e noite. No Lote 1 há serviços de terraplenagem e obras de arte especiais ao longo de toda a sua extensão.
Ao final, em 2013, com a BR-448 pronta, a rodovia terá na ponte estaiada, junto com a elevada de 2,6 quilômetros, um dos maiores feitos da engenharia na América Latina, segundo o Dnit. É apenas um exemplo do tamanho e da complexidade desta obra.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
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