A possibilidade de que as obras da BR-448 sejam paralisadas, comprometendo o cronograma previsto para a entrega da rodovia, é considerada um retrocesso pelas associações comerciais e industriais de Canoas, Nova Santa Rita, Portão, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Sapiranga. O principal problema, a partir das denúncias envolvendo o Ministério dos Transportes e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), diz respeito ao reassentamento das 500 famílias que moram no trecho onde a estrada passará em Canoas.
Para a presidente da ACI de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, a paralisação é prejudicial aos interesses da região. “A BR-116 já está esgotada e essa será a alternativa imediata. Se há denúncia, que sejam identificadas e superadas.” O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Sapiranga, Luiz Paulo Grings, acredita que a BR-448 já é uma questão de sobrevivência para a mobilidade regional.
“É um absurdo que compromete o desenvolvimento da mais importante região do Estado. Este fato já está gerando uma grande ansiedade para todos nós, que somos os empreendedores, aqueles que pagam a conta destas obras”, critica a presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Canoas (Cics) e vice-presidente regional da Federasul, Simone Leite.
A Comissão de Mobilidade Urbana da Cics de Canoas esteve reunida ontem para discutir o tema. De acordo com a entidade, uma moção de apoio à prefeitura de Canoas será encaminhada. “As casas de passagem para abrigar estas famílias já estão prontas, mas é preciso que o governo federal repasse à prefeitura o recurso para construção das casas definitivas”. A Regional Vale do Sinos da Federasul está mobilizada agora para agendar uma audiência junto ao Ministério dos Transportes para explicar mais uma vez a importância da execução imediata da obra.
O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, destaca que a vila de passagem foi um tema tratado diretamente entre o Dnit e a empresa que venceu a licitação para aquele trecho da obra da BR-448. Para agilizar o processo, a administração colaborou com o projeto executivo, de infraestrutura, engenharia arquitetônica e na aquisição das áreas complementares para sua construção. “Estamos aguardando a licitação”, comenta Jairo.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
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