terça-feira, 23 de outubro de 2012

Nasce uma estrada

Foto aérea Agosto 2012. Em meio a tantos entraves burocráticos, articulações políticas nem sempre bem-sucedidas e prioridades ignoradas, deve-se registrar, por seus aspectos positivos, a evolução da construção da BR-448, entre Sapucaia do Sul e Porto Alegre. A chamada Rodovia do Parque é um bom exemplo de grande obra que teve sua importância reconhecida pelo governo federal e agora se aproxima da conclusão, prevista para o final de 2013 ou início de 2014. O atraso de um ano em relação ao cronograma inicial, por imprevistos relacionados a questões técnicas, não chega a decepcionar os usuários da BR-116, a estrada que finalmente será desafogada com a nova alternativa de acesso à Capital. A Rodovia do Parque representará um desafogo para o trânsito, com benefícios para toda a economia, se for confirmada a previsão de que será capaz de absorver até 40% do fluxo de veículos da BR-116. Estradas saturadas não significam apenas mais transtornos e acidentes. No caso da BR-116, a conta das perdas foi feita pela Agenda 2020, segundo a qual o Estado consumiu, em desperdício de recursos por causa do gargalo no acesso a Porto Alegre, o equivalente a 10 rodovias do Parque, entre 1998 e 2010 _ ou algo em torno de R$ 7,5 bilhões. O desprezo pelos apelos dos gaúchos provocou as perdas, que acabam sendo pagas por todos, e não só por transportadores ou por empresas que dependem da movimentação de cargas por estradas. Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul foi contemplado por outros projetos na área viária, como a duplicação da parte sul da BR-116, entre Porto Alegre e Pelotas, atualmente em obras, depois de vários adiamentos. A duplicação é decisiva para a exploração de todas as potencialidades de uma região em franca expansão, em especial pelos investimentos no polo naval. Mas ainda falta muito, como revela a mesma Agenda 2020. Estradas estaduais também dependem de investimentos, em várias regiões, em decorrência de demandas historicamente ignoradas e que poderão ser finalmente atendidas com recursos de empréstimos recentemente acertados entre o governo do Estado e o Banco Mundial.
Por http://wp.clicrbs.com.br em 23/10/2012

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