segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Em tempo de obras, radiografia mostra que situação da RS-118 é caótica

Dos 22,2 km, apenas 10,5 estão duplicados e só 2,2 podem ser utilizados. Faltando 15 meses para o prazo de término da duplicação da RS-118 – dezembro de 2014 –, menos da metade dos 22,2 quilômetros foi concluída. Até o momento, 10,5 quilômetros de novas pistas de concreto foram finalizados no trecho entre a BR-116 (Sapucaia do Sul) e a BR-290, a free way (Gravataí), mas apenas 2 quilômetros estão devidamente sinalizados e prontos para utilização, já sendo usados como desvios. Centenas de casas, estabelecimentos comerciais e até um cemitério estão no caminho das obras da RS, a mais movimentada das rodovias estaduais gaúchas, por onde passam diariamente 25 mil veículos. A duplicação começou em novembro de 2006, mas somente nos últimos três anos teve o ritmo intensificado. As desocupações das famílias que residem na faixa de domínio da estrada estão na reta final. Porém, o que mais preocupa a Secretaria Estadual da Infraestrutura e Logística (Seinfra) é o Cemitério Municipal João XXIII, em Sapucaia do Sul, pois parte de sua área, no quilômetro 3,9, terá que ser desapropriada, exigindo a remoção de 224 túmulos. A secretaria afirma que a obra como um todo está em seu cronograma normal de andamento, mas já admite que poderá haver atraso no lote por conta de indefinições em relação ao cemitério. ‘‘A questão precisa ser resolvida até dezembro para que possamos estar com as máquinas trabalhando no máximo até janeiro. Se isso não acontecer, cada dia de atraso será acrescido ao prazo previsto de conclusão deste Lote 3, que é junho do próximo ano’’, adianta o diretor de Logística e Integração da secretaria, Geraldo Henriques Filho.
O orçamento para duplicação, inicialmente de R$ 200 milhões, já está em R$ 213 milhões – e não para de crescer. ‘‘Ao longo da execução, foi detectada a necessidade de obras complementares, como 14 passarelas e um viaduto no entroncamento com a RS-030, próximo ao Distrito Industrial de Gravataí, onde há muito trânsito’’, acrescenta. A empresa STE venceu a licitação para construir as passarelas e o viaduto. Além disso, uma obra de alargamento está sendo feita pela Concepa no entroncamento com a free way, criando alças de acesso que permitirão agilizar o fluxo e evitar acidentes. Em todo o trecho, quatro viadutos e pontes já foram concluídos, mas outros seis ainda precisam ser executados. O maior deles é o do Itacolomi, que já começou a ser construído no km 17,68, em Gravataí, e custará R$ 16 milhões, valor já incluído no orçamento. Enquanto isso, motoristas precisam conviver diariamente com tráfego intenso, engarrafamentos, buracos e rachaduras. Neste mês, devem começar as obras de restauração em 2 quilômetros da pista antiga no local em que foram feitos os desvios, próximo ao Arroio Sapucaia. Porém, entre os quilômetros 11 e 22, do Lote 1, a previsão é iniciar a recuperação da pista antiga a partir de janeiro. Asfalto ruim e muitos acidentes Uma estrada repleta de buracos, congestionamentos e muitos acidentes. Essa é a visão que muitas das pessoas que moram às margens da RS-118 têm da rodovia. O comerciante Ireno de Mello, 59 anos, reside próximo ao entroncamento da estrada com a rótula da Avenida Theodomiro Porto da Fonseca, no trecho de Sapucaia do Sul, e não vê a hora da obra ser finalizada. ‘‘A promessa de duplicação tem mais de vinte anos. A faixa de rodagem é estreita, extremamente mal conservada e registra acidentes quase que diários’’, avalia. Em parte, as colisões devem-se à imprudência de alguns motoristas. Enquanto o comerciante era entrevistado, por pouco dois motociclistas não se chocaram na rótula. Os diversos buracos existentes na pista atual oferecem perigo aos condutores e causam prejuízo financeiro. ‘‘Recentemente arrebentei um pneu e uma roda do meu carro. A conta foi superior a 300 reais’’, revela. Por http://www.jornalvs.com.br em 15.9.2013

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