quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Forte vento provocou queda de postes e até o trem ficou três horas sem funcionar.

O cenário foi assustador: nuvens pretas tomaram conta do céu, rajadas de vento de mais de 72 km/h levantaram poeira, derrubaram árvores e postes, interrompendo o trem e congestionando a BR-116, mas a chuva que era realmente necessária não veio. A Estação de Climatologia de Campo Bom registrou apenas 8,8 milímetros e, em São Leopoldo, a Estação Meteorológica da MetSul marcou 1,4 milímetro. O acumulado em Campo Bom neste mês foi de 16,4 milímetros, enquanto novembro costuma ter como média 135.
Conforme o responsável técnico pela estação de Campo Bom, Nilson Wolff, a temperatura despencou de 36,2 graus para 22 graus no momento da tempestade. O meteorologista da MetSul Eugenio Hackbart diz que desde 1985 não ocorria um novembro tão seco. “E, infelizmente, a situação vai se agravar. E muito. Não há projeção de chuva significativa na primeira semana de dezembro”, aponta.
Os estragos na região em função do forte vento foram muitos. Em Novo Hamburgo, o Corpo de Bombeiros atendeu até o início da tarde 12 ocorrências de árvores sobre casas e em cima de veículos. Grande parte da cidade ficou sem energia, deixando o trânsito confuso no Centro. Canoas foi uma das cidades mais afetadas do Estado, com centenas de casas danificadas, queda de árvores, postes e outdoors. Houve registro de granizo na Serra e em cidades da região. Até a Trensurb foi afetada e o trem ficou sem funcionar das 14h30 às 17h30 em razão da queda de uma árvore na rede de energia elétrica entre as estações Esteio e Luiz Pasteur. De acordo com a AES Sul, 180 mil clientes ficaram sem energia em Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Taquari, Agudo e Candelária, e não havia previsão de retorno.
PELA REGIÃO
Canoas: foi uma das mais atingidas pelo temporal. Pelo menos uma pessoa teria ficado ferida no destelhamento de uma borracharia na Rua Liberdade. Com incidentes próximo à BR-116, houve congestionamento na rodovia no sentido interior-Capital. Segundo a Defesa Civil de Canoas, pelo menos 200 casas sofreram estragos só no bairro Guajuviras.
Esteio: o Parque de Exposições Assis Brasil sofreu prejuízos e o governo do Estado ainda não contabilizou a extensão dos danos. Houve queda de árvores, postes de energia e destelhamento de pavilhões.
Estância Velha: houve queda de postes e árvores. Segundo a Guarda Municipal, os bairros Sol Nascente e Rincão Gaúcho ficaram sem luz.
Osório: houve queda de árvores e postes e alagamentos em alguns pontos.
Riozinho: a Escola Municipal Ulisses Guimarães teve parte do telhado arrancado. Cerca de 120 alunos tiveram de ser alojados em um refeitório e em outras salas na parte inferior do prédio de dois andares. O turno escolar da noite teve de ser cancelado. Na área central, um ônibus que estava estacionado foi atingido por um poste.
Sapiranga: houve queda de árvores e galhos. Na estrada Sapiranga-Dois Irmãos, uma equipe trabalhava para desobstruir a estrada. Na Rua Grande, Loteamento Itú, no bairro Amaral Ribeiro, a cobertura de um prédio industrial caiu sobre o telhado de três casas. No viaduto do bairro São Luiz, acesso à cidade, um outdoor caiu na Avenida Presidente Kennedy.
Serra: houve granizo, queda de galhos, mas sem gravidade.
Por Jornal Diário de Canoas em 01/12/2011

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