quarta-feira, 29 de junho de 2011

Estudo do Dnit aponta traçado de quase três quilômetros da nova ponte do Guaíba


O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) apresenta nos próximos dias ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, estudo que apontou traçado de 2,9 quilômetros de extensão da nova ponte do Guaíba.
O trajeto que teria acesso na Rua Dona Teodora, é considerado o mais viável para desatar o nó viário. O traçado escolhido é bastante semelhante ao previamente apresentado pela Concepa.
Considerada vital para alavancar o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, a futura travessia não deve ficar pronta antes de 2015. O governo federal espera lançar em julho o edital de licitação do projeto da ponte. Na hipótese mais otimista, as obras teriam início em outubro de 2012, com previsão de três anos para serem concluídas.
O trajeto sugerido pelo Dnit fica a cerca de um quilômetro da estrutura atual e servirá de base para o projeto da obra. Dentro da proposta favorita, serão apresentadas duas opções ao Planalto.
Na primeira, com seis faixas (três em cada um dos dois sentidos), o custo estimado seria de R$ 1,16 bilhão. Já em uma versão alternativa mais compacta, com quatro faixas, o valor orçado é de R$ 808 milhões.
A opção sugerida pelos especialistas tem como ponto de partida a Rua Dona Teodora, que fica no limite dos bairros Farrapos e Navegantes, e segue em linha reta até a Ilha Grande dos Marinheiros. Antes da ponte sobre o Rio Jacuí, conecta-se à BR-116.
O traçado escolhido pelo Dnit não é o mais barato nem mesmo o mais rápido de ser executado, inclusive por exigir a construção de novas conexões no ponto de chegada, na Capital.
O diretor de Infraestrutura Terrestre do Dnit, Hideraldo Caron, enfatiza que a escolha do trecho se deu por uma questão logística. Segundo Caron, as demais alternativas analisadas, ainda que mais econômicas, não resolveriam o problema do trânsito na ligação entre Porto Alegre e a Metade Sul.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Começam as obras de construção do aeromovel em Porto Alegre


Obra vai ligar Estação Aeroporto da Trensurb ao Terminal 1 do Salgado Filho.
Os primeiros pilares da via elevada para o aeromovel fazer a ligação entre a Estação Aeroporto da Trensurb e o Terminal 1 do Salgado Filho chegaram na manhã do dia 22 ao canteiro de obras, que iniciou as atividades. São 50 pilares no total, sendo que 44 estão prontos e dois foram entregues, cada um com aproximadamente 12 toneladas.
Dois dos 44 pilares já concluídos foram descarregados no canteiro, com a presença do diretor-presidente da Trensurb Humberto Kasper, do superintendente de Desenvolvimento e Expansão Ernani Fagundes, além de técnicos e gestores da empresa de trens urbanos, da Aeromovel Brasil S.A. (responsável pelo pacote tecnológico e pela fiscalização das obras) e da Premold Ltda. (construtora contratada para realizar as obras do elevado). 50 pilares de aproximadamente 12 toneladas darão sustentação aos 998 metros de extensão da via.
“Este é o início oficial das atividades no canteiro de obras. Temos certeza que a Premold irá prestar os serviços contratados com muita qualidade e dentro do prazo estabelecido”, afirmou Humberto Kasper. A principal atividade a ser desenvolvida no canteiro é a fabricação das vigas-duto – termo cunhado por Kasper -, estruturas que além de terem função de vigas tradicionais, no caso da tecnologia Aeromovel, servem como dutos por onde passa o ar que impulsiona o veículo. Sidemar Francisco da Silva, gerente de Projetos e Obras da Trensurb e gestor do contrato do empreendimento, classifica as vigas como “a alma desta tecnologia”. Dentro de sessenta dias, elas começam a ser fabricadas.
Entre 27 e 30 de junho, ocorre o início da marcação da obra e da conferência de interferências, etapas preliminares ao estaqueamento, que deve começar em 15 dias. A estimativa é que 120 empregados estejam envolvidos diretamente nas obras do elevado, correspondendo à geração de 250 empregos indiretos. O prazo para a conclusão da via é o fim deste ano. A meta é que as primeiras operações assistidas do Aeromovel ocorram em janeiro de 2012.
Segundo o superintendente de Desenvolvimento e Expansão, Ernani Fagundes, em 15 dias as estacas já devem começar a ser colocadas. Cada pilar tem cerca de 20 estacas. Apesar da obra parecer complexa, o superintendente diz que ela é de fácil execução e rápida.
“É tudo pré-moldado e é apenas um quilômetro, isso para quem está tratando de nove quilômetros de elevada até Novo Hamburgo”, lembrou. Segundo Fagundes, não deve haver interferência no tráfego de veículos.
SAIBA MAIS
■O aeromovel terá duas estações, no metrô e no aeroporto
■Semana que vem, serão lançados editais das duas estações, embarque e desembarque
■Com a chegada dos dois primeiros pilares, foram iniciadas oficialmente as atividades no canteiro de obras do aeromovel
■No local, serão fabricadas as vigas-duto, estruturas que no caso do aeromovel, além de terem função tradicional das vigas, são também os dutos por onde passa o ar que impulsiona o veículo
■Estas vigas-duto devem começar a ser fabricadas dentro de 60 dias

Iniciada construção de ponte que ligará Canoas a Porto Alegre

Com potencial para ser mais um cartão-postal gaúcho, a primeira ponte estaiada do Estado começa a se tornar realidade. A obra de arte especial será erguida sobre o Rio Gravataí e faz parte da construção da BR-448, a Rodovia do Parque, e ligará Canoas e Porto Alegre. Atualmente, a ponte, que terá torres de 75 metros de altura e 268 metros de extensão, está na fase de fundações, com a cravação das formas metálicas e concretagem das estacas do lado de Canoas. Após essa etapa, serão executados os blocos de fundação, o que deve ser concluído até 15 de julho. A partir daí, o mesmo serviço começa a ser realizado do outro lado do rio, em Porto Alegre. O modelo já foi adotado em outros Estados, como São Paulo, e será pioneiro no Rio Grande do Sul. A ponte suspensa deve ser concluída, segundo previsão do consórcio gestor da BR-448, em um ano e dois meses.
A ponte terá 31,4 metros de largura
Serão 6 faixas, três de cada lado
O material é basicamente concreto e aço
678 metros cúbicos de concreto
267,7 toneladas de aço
1.185 unidades de pré-laje (usada para fazer o piso da ponte)
PISTAS DE ROLAGEM
Do km 0 (entroncamento da BR-116 com a RS-118) ao km 9,14 (viaduto da BR-386), serão duas pistas de rolagem em cada sentido.
Do km 9,14 até o km 22 (quando a BR-448 encontra a free way) serão seis faixas, três de cada lado. Nesse trecho está a ponte.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tecnologia de construção torna possível acelerar a execução


O coordenador-geral do consórcio gerenciador da rodovia, Luiz Antônio Didoné, é quem prevê o prazo de conclusão da BR-448 para agosto de 2012. “O que pode gerar atraso é a transferência das famílias instaladas na Vila do Dique. Estamos prevendo o início da transferência de parte dessas famílias já a partir de julho, quando estará pronta a vila de passagem, no bairro Fátima”, projeta Didoné. Segundo ele, a questão social que envolve as 600 famílias que vivem na vila é complexa. Dnit e prefeitura de Canoas estão envolvidos na operação.
Alguns lotes da rodovia estão mais adiantados do que outros. A defasagem na entrega da obra completa se deve a este detalhe. O contrato prevê a finalização em março do próximo ano. O lote 1, que é o ponto zero e se inicia no entroncamento da BR-116 com a RS-118, está com a terraplenagem bem evoluída. Praticamente toda a sua extensão está em obras. Apenas o segmento inicial de dois quilômetros próximo ao viaduto da BR-448 com a BR-116 depende de desapropriação.
O lote 2, por exemplo, ainda em junho poderá receber o pavimento em determinados segmentos. Neste lote, todas as pontes e os viadutos estão em obras. O lote 3, que começa em Porto Alegre, é o trecho mais difícil dos três. A construção da elevada depende da remoção das famílias da Dique canoense. “Por isso, está mais atrasado”.
Para assegurar e prevenir percalços, o TCU faz auditorias e fiscaliza o andamento da obra. O órgão não comenta as informações, pois ainda está executando a diligência. Só após a elaboração do relatório é que haverá a divulgação de informações. O Ministério Público Federal foi convidado a conhecer a situação em que vivem as famílias a serem reassentadas e como será a condução da remoção. “É um trabalho social empolgante. Nós, engenheiros, acostumados a executar obras civis, estamos todos sensibilizados com as condições subumanas em que vive aquela comunidade”, desabafa Didoné.
O coordenador diz que o modelo de construção da ponte estaiada será inédito. “E será um novo cartão- postal, das duas cidades.” Segundo o engenheiro, há um esforço dos três consórcios para acelerar as obras. As tecnologias que vêm sendo empregadas, como a confecção das colunas e vigas dos viadutos que compõem o complexo viário sobre a BR-290, agilizam e podem reduzir em um terço o tempo da obra, já previsto no prazo estipulado. “Praticamente todos os elementos pré-moldados que compõem os viadutos estão prontos.”

Obras de arte darão característica única à rota

A Rodovia do Parque é considerada uma das obras rodoviárias mais importantes do PAC. Este destaque se justifica pelo projeto - ao longo dos seus 22,3 quilômetros serão construídas 16 obras de arte especiais, boa parte com peças pré-moldadas, como pré-lajes e vigas. Para dar forma a viadutos, pontes, passagens de nível e elevadas, serão necessárias 3.941 vigas e 57.943 pré-lajes. Para fabricar as 61.884 unidades pré-moldadas serão usados mais de sete mil toneladas de aço e 40 mil m3 de concreto.
É no canteiro industrial do lote 3, trecho dos 7,9 quilômetros finais da rodovia, que são construídas as obras de arte mais complexas, como a ponte estaiada sobre o rio Gravataí, o seu acesso e a interseção com a BR-290, em Porto Alegre. Estas três estruturas vão necessitar de 46.106 unidades de pré-lajes. E a produção, que envolve 213 trabalhadores, já concluiu a fabricação de 6.755 peças. Das 3.846 vigas do lote 3 o consórcio Queiroz Galvão- OAS-Brasília Guaíba já concluiu 3.570. Segundo o coordenador-geral do consórcio gerenciador da BR-448, Luiz Antônio Didoné, o volume de peças produzidas no canteiro principal do lote 3 chama a atenção. “Este volume é espetacular. A tecnologia utilizada para produção das peças pré-moldadas foi especificamente desenvolvida para as obras da BR-448”, completa.
O segundo trecho da Rodovia do Parque, com 5,3 quilômetros, conta com 50 homens atuando no seu canteiro industrial. O lote 2, sob a responsabilidade das empreiteiras Construcap e Ferreira Guedes, terá de produzir 69 vigas e 8.304 pré-lajes para as cinco obras de arte do percurso. Do total, 40% já estão prontos.No lote 1, o marco zero da BR-448, que vai de Sapucaia do Sul ao acesso da BR-386, em Canoas, com pouco mais de 9,1 quilômetros há cinco obras de arte que somam 26 vigas e 2.408 pré-lajes. Dessas, as empresas consorciadas, Sultepa e Toniolo, Busnello, já fabricaram 700 pré-lajes.

Rodovia do Parque deve ficar pronta em 2012


Se tudo der certo, a Rodovia do Parque (BR-448) estará concluída em agosto de 2012, quatro meses antes da projeção feita pela direção do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) no Estado. A previsão, que só não será confirmada caso haja algum atraso nos assentamentos das cerca de 500 famílias que residem num dos trechos do traçado de pouco mais de 22,3 quilômetros, reflete uma peculiaridade da execução do projeto. Há uma empresa responsável por gerenciar passo a passo a execução. A faceta, que ainda é atributo de poucas obras rodoviárias no País, revela a precaução do governo federal para prevenir interrupções indesejadas, como decisões judiciais, eventual problema apontado pelo temido Tribunal de Contas da União (TCU) ou mesmo impasses na área socioambiental.
O resumo da obra é que a BR-448 é muito mais que uma rodovia. É um sistema complexo e já é modelo para o Brasil. Outros destaques são a engenharia e a arquitetura, que preveem uma ponte estaiada – neste tipo de solução os pilares são sustentados por cabos de aço - com largura da pista que se habilita a ser a maior já construída na América do Sul. Quando os motoristas estiverem percorrendo seu trajeto, principalmente para escapar dos engarrafamentos da BR-116 (que corta Canoas e conecta a Capital ao Vale dos Sinos e à Serra), jamais saberão, por exemplo, que no meio do caminho da construção havia não uma, mas quatro casinhas de João de Barro. Também surgiram furões, cobras, árvores a serem transplantadas e dezenas de famílias ocupando terreno de risco e de forma irregular.
“Grandes obras rodoviárias exigirão cada vez mais uma gestão ambiental. Temos de prever tudo que pode acontecer”, assinala Adriano Panazzolo, coordenadorgeral da gestão ambiental do projeto feito pela empresa Serviços Técnicos de Engenharia (STE). Ela venceu a concorrência e se especializa, pois já cuida do ambiente na duplicação da BR-392, entre Pelotas e Rio Grande. Na remoção dos habitantes da Vila Dique, que fica no trajeto do lote 3, o Dnit decidiu bancar a construção de moradias. É a primeira vez que isso ocorre em projetos recentes no País.
O superintendente do Dnit no Estado, Vladimir Casa, atesta que o acompanhamento ambiental foi intensificado nos anos 1990. “Hoje é imprescindível e há exigência da sociedade, não só da legislação do setor”, observa o responsável pelo departamento. A duplicação da BR-101 Sul foi a estreante das obras no Sul com este aparato de acompanhamento. Os consórcios vencem a disputa, e duas empresas – de gestão ambiental e de gerenciamento – monitoram e auxiliam na execução dos planos em cada segmento. “Talvez por isso não tivemos nenhum problema até agora”, afirma Casa com alívio.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Aeromovel deve operar a partir de janeiro de 2012 na Capital

O Aeromovel, que ligará o Trensurb ao terminal 1 do Salgado Filho deve começar a operar de forma experimental em janeiro de 2012. Semana passada, a Secretaria de Meio Ambiente de Porto Alegre emitiu a licença de instalação, e as obras começam semana que vem. O investimento será de R$ 29,8 milhões, sendo R$ 17,4 milhões para a empresa Aeromovel Brasil S.A, de São Leopoldo, responsável pelo pacote tecnológico.
Os dois veículos, com capacidade para 150 e 300 passageiros, também já estão em fabricação. Inicialmente, a intenção é transportar 7 mil passageiros por dia, número que pode aumentar de acordo com a demanda.
A T-Trans, no Rio, está fabricando os dois veículos, que devem ficar prontos em outubro.
A previsão da Trensurb é concluir as obras até dezembro. “Em janeiro pretendemos operar em um estágio experimental”, informa o gerente de Projetos e Obras da Trensurb, Sidemar da Silva.
Etapas estão adiantadas
Segundo o gerente de Projetos e Obras da Trensurb, Sidemar Francisco da Silva, diversas etapas já estão em andamento e bastante adiantadas. “A empresa está em dia com a obra. Já temos um conjunto de mais de 35 pilares prontos, de um total de 52. A fabricação de formas metálicas que vão dar vida aos dutos do Aeromovel também já está em andamento”, explicou. A primeira estaca deve ser colocada na próxima semana.
Ele acrescenta que isso é o início do sistema construtivo, que segue com a colocação de blocos onde serão inseridos os pilares. Em cima deles vão ser colocadas as vigas fabricadas no canteiro de obras. “Os dutos servem como sistema de propulsão e sustentação. É uma construção em concreto de alta precisão, feito com formas metálicas”, detalha.

Trensurb inicia estudo para ampliar linha do trem até Nova Hartz


O engenheiro Humberto Kasper assumiu a presidência da Trensurb com algumas prioridades. Entre elas, diz que já solicitou aos técnicos da empresa estudos de viabilidade financeira para a expansão até Nova Hartz, passando pelo bairro Canudos e os municípios de Campo Bom e Sapiranga. Kasper é otimista, também, com relação à aprovação da Estação Industrial, já projetada. Pilares para futura estação já foram preparados.
Na entrevista a seguir, o presidente da Trensurb, Humberto Kasper, aborda o trem na região e futuros projetos.
Como está a análise do aditivo contratual para construção da Estação Industrial e de ampliação do leito do Arroio Luiz Rau?
Humberto Kasper - Ainda não recebemos resposta da sala de situação do PAC, mas acredito que, se não for aprovado em sua totalidade, será pelo menos parcialmente.
Quando deve ocorrer a viagem inaugural até o Bourbon Shopping Novo Hamburgo?
Kasper - No cronograma original, o prazo é março do ano que vem. Caso seja aprovado o aditivo para construir a quinta estação (Estação Industrial), nós vamos ter que rever este cronograma. De qualquer modo, não vai passar de 2012. Até por uma questão de custo da obra.
Então, a quinta estação só depende da liberação do governo federal?
Kasper - Depende do recurso e de um ajuste contratual com o Consórcio Nova Via. A estação é similar à Santo Afonso e Rio dos Sinos, não tem nenhum desafio especial em termos de projeto. Já preparamos os pilares onde ficaria a estação. Isso já foi incluído no projeto. Como o distanciamento entre a estação Santo Afonso e Fenac é de quase três quilômetros, e a distância média nas demais é de um a um e meio, já se previu a necessidade de uma futura estação.
A cada chuva forte, o acesso à rodoviária de Novo Hamburgo, onde está sendo construída a estação Fenac, alaga. Isso já é um problema antigo, mas...
Kasper - É um problema da vazão. De fato, já foi constatado e tem um parecer técnico de que há necessidade do tratamento do canal. Isto nos motivou a encaminhar o parecer técnico e a solicitação de tratamento do Arroio Luiz Rau no aditivo para o PAC.
Qual a possibilidade do trem seguir em direção ao norte, passando por Canudos?
Kasper - Tem uma mobilização regional que envolve lideranças de Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga, Nova Hartz. Nós já abrimos um processo interno para começar a examinar a viabilidade econômica de implantação da expansão, que é a primeira coisa a ser feita. Significa saber quanto vai custar implantar, quantos passageiros vai agregar e se essa expansão, a partir da demanda que vai agregar, se justifica. Queremos continuar sempre expandindo. Mas a decisão não cabe à Trensurb, mas ao governo federal.
A empresa já diminuiu o intervalo entre um trem e outro nos horários de pico. Existe outra alternativa até a compra de novos vagões para lidar com a demanda crescente?
Kasper - Estamos começando a estudar alternativas. Nosso grande problema é a partir de Canoas. A maior parte das estações de Canoas fica carregada. Vamos ter que achar meios para aliviar a carga que vai aumentar em função da expansão.
Seria a ideia dos carrosséis (intercalando trens que fossem até São Leopoldo e outros até Novo Hamburgo)?
Kasper - Essa é uma hipótese. Outras são coisas pequenas de posicionamento de trens, aumento de capacidade interna com a melhoria do layout, que já está implementada em alguns trens.
E como está o projeto de rebaixamento da linha em Canoas?
Kasper - Quem encaminhou o pleito para o PAC da Mobilidade foi o governo do Estado e a prefeitura de Canoas. Temos interesse em colaborar.
Isso poderia ser feito também em Esteio e Sapucaia do Sul?
Kasper - Teoricamente, não tem nenhum impedimento, mas há necessidade de recursos para isso.
PREFEITOS NA EXPECTATIVA
CAMPO BOM “A vinda do trem para Campo Bom será um avanço e um impulso ao desenvolvimento, mas precisamos garantir que o projeto não crie complicadores. Nossa demanda é para que a linha do trem tenha seu traçado pela RS-239.” Faisal Karam, prefeito
NOVA HARTZ “Já manifestei meu apoio pela vinda do trem até Sapiranga, pois esse é o único jeito do investimento chegar a Nova Hartz. Que essa obra não demore tanto como a ida do trem de São Leopoldo para Novo Hamburgo.” Antônio Elson R. de Souza, prefeito
NOVO HAMBURGO “É evidente que toda obra pública que seja justificável é importante para nós. Mas acho que existem outras alternativas que poderiam ser mais econômicas. O veículo leve sobre trilhos, utilizado na Europa, é um exemplo, além do aeromóvel.” Tarcísio Zimmermann, prefeito
SAPIRANGA “No ano passado, fiz a solicitação dos estudos de viabilidade do Trensurb até a cidade para o então diretor-presidente da instituição, Marco Arildo Cunha. Portanto, agora o município comemora o fato dos estudos serem levados adiante.” Nelson Spolaor, prefeito
Está em cerca de 80% o índice de execução da obra de expansão até Novo Hamburgo, que prevê cinco estações, a Rio dos Sinos, em São Leopoldo, e outras três em Novo Hamburgo: Santo Afonso, Fenac e Novo Hamburgo
Mas uma quinta estação, no Industrial, aguarda aprovação do governo federal. A Prefeitura de Novo Hamburgo encaminhou pedido junto ao PAC, de R$ 172 milhões, que inclui obras no
Arroio Luiz Rau para melhorar o escoamento
O trecho todo possui 9,3 km de extensão. Há, ainda, duas pontes sobre o Rio dos Sinos, uma rodoviária e outra metroviária
Estão previstas, também, obras sob as elevadas, como cliclovia e quadras poliesportivas

Obra do viaduto altera saída da Avenida Unisinos para a BR-116


O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) abriu ontem uma das alças do viaduto da Unisinos, em construção, para o tráfego de veículos. A medida foi tomada para atender ao fluxo de quem se desloca pela Avenida Unisinos em direção à BR-116 para seguir em direção a Novo Hamburgo ou regressar a Porto Alegre, já que um trecho da avenida foi fechada neste sentido. Segundo o engenheiro Carlos Adalberto Pitta Pinheiro, supervisor do Dnit na região, o fechamento foi necessário para o término das obras de terraplenagem e pavimentação da pista que dará acesso ao viaduto. Pitta informa, ainda, que estão concluídos 99% da terraplenagem e 70% da pavimentação das alças rodoviárias e 70% da elevada.
De acordo com o engenheiro e supervisor do Dnit, a nova configuração do trânsito é definitiva. “Já estamos deixando o trânsito como ficará após a entrega do viaduto’’, diz. Pelo menos 5 mil veículos por dia – entre carros de passeio e coletivos – acessam a BR-116 pela Avenida Unisinos, conforme estimativa da coordenadoria de Transportes da universidade. Não estão calculados, entretanto, os veículos que transitam pela avenida fora do horário de aulas.
Estudantes ansiosos
Para a comunidade universitária as alterações não devem causar transtornos. “Para mim é tranquilo’’, diz o estudante de Engenharia Civil Leonardo Schuh, 19 anos, que mora em Novo Hamburgo. “Imaginava que iam abrir (a alça) logo, porque tinha visto a movimentação.’’ Muitos deles, porém, esperam com ansiedade a inauguração. “Quando estiver pronto, vai ser perfeito, porque uso a BR todos os dias’’, diz o aluno de Administração Silvio Prado, 21, do bairro São João Batista, em São Leopoldo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Endereços atualizados da BR448 Rodovia do Parque

Existem dois endereços onde podem ser atualizadas as informações sobre as obras da BR448 Rodovia do Parque.
São eles:

www.br448rodoviadoparque.com.br

www.rodoviadoparque.com.br

Estado leva ao governo federal estudo para federalizar a RS-118

Com base na lei da federalização das estradas, o secretário de Infraestrutura Beto Albuquerque, entregou ontem, ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, pedido e estudo sobre a federalização da RS-118 e da RS-630, além dos trechos da BR-101, de Osório a Tavares; da 470 trecho entre André da Rocha e Montenegro; da 153, trecho de Erechim, e da 287, em Montenegro. As últimas quatro estradas, segundo o secretário, chegam ao RS como federais, mas aqui são de responsabilidade do Estado. No caso específico da RS-118, Albuquerque argumenta que é uma rodovia de ligação com a BR-116 e com a free way.
Para o prefeito de Sapucaia, Vilmar Ballin, se a medida for para agilizar a duplicação da RS-118, ele é favorável. “Todas as alternativas para agilizar a obra e melhorar a estrada são bem vindas.”
Ligação entre BRs
“A lei da federalização de estradas define como rodovia de ligação aquela estrada que une uma ou mais rodovias federais de importância estratégica, a pontos de fronteira, para permitir o transporte e o desenvolvimento do Estado e do País. É o caso da RS-118, principalmente’’, destaca o secretário Beto. Segundo ele, a federalização não interromperá nenhuma obra ou contrato. “A duplicação da RS-118 será feita, mas com a parceria da União poderíamos agilizar a reassentamento das famílias e as demais obras. O estudo que apresentei ao ministro é uma alternativa de gerenciamento da malha rodoviária gaúcha. O RS não é um estado rico que pode administrar rodovias federais. É uma alternativa”, alega Beto.
Federalização é possível
Para o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Hideraldo Caron, a federalização das estradas estaduais é possível, mas depende de avaliação do Executivo. “No caso da RS-118 é uma questão de governo que está diretamente ligada à viabilidade técnica. A RS-118 tem características favoráveis. É continuidade da Rodovia do Parque, a BR-448, por isso teria sentido de complementação e liga com a BR-116 e a free way”, diz Caron. A federalização, segundo Caron, pode ser com administração integral da União ou por convênio com o Estado. Nesse caso, a União repassaria recursos para o Estado.

Smam autoriza construção do aeromóvel no Aeroporto Salgado Filho

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre expediu a Licença de Instalação que autoriza as obras do aeromóvel, meio de transporte que interligará a Estação Aeroporto da Trensurb ao Terminal 1 do Aeroporto Internacional Salgado Filho. A previsão é de que as obras de fundação e estaqueamento para a implantação dos 998 metros de via elevada comecem na próxima semana.

A empresa responsável por essa parte do projeto é a Premold Ltda. Segundo o diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, a meta é que todo o sistema esteja concluído até o final do ano e as primeiras operações comecem em janeiro de 2012. O investimento total estimado é de R$ 29,8 milhões. “O aeromóvel é um modal genial que nos dá uma boa alternativa dos pontos de vista ambiental, econômico e sustentável”, afirma Kasper. Download do arquivo

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Decisão sobre construção da ERS-010 sai até setembro 2011

A decisão sobre a abertura ou não do processo licitatório para a construção da ERS-010, também conhecida como Rodovia do Progresso, deve ocorrer até setembro, afirma o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque. Ele adianta que, se tudo transcorrer satisfatoriamente, o início das obras deverá acontecer no próximo ano.
O secretário participou nessa quinta-feira de reunião com os prefeitos integrantes da Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre (Granpal) e do Vale do Sinos para discutir esse empreendimento e melhorias na ERS-239.
O governo passado, no final do mandato da governadora Yeda Crusius, tentou realizar a licitação da ERS-010 no formato de Parceira Público-Privada (PPP). No entanto, diretores do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs) ingressaram na Justiça com uma Ação Popular apontando imperfeições no edital e o processo foi suspenso.
Beto diz que a proposta trabalhada agora é melhor do que a apresentada no antigo governo, com menos pedágios e cobranças mais baratas (uma de R$ 4,40 e outra de R$ 2,20). A modelagem atual diminuiu de três para duas as praças de pedágio, com redução de 10% nos valores anteriores. O secretário ressalta ainda que o usuário precisará pagar a integralidade dos pedágios somente se percorrer toda a rodovia, que ligará Porto Alegre a Sapiranga, completando um trecho de 68 quilômetros.
De acordo com Beto, a previsão de conclusão da rodovia é de seis anos e o investimento estimado na estrutura é de aproximadamente R$ 1 bilhão. O governo estadual terá que arcar com uma contrapartida de R$ 75 milhões ao ano, durante o período de 20 anos. O Estado desembolsará os recursos depois de três anos do começo das obras.
O presidente da Granpal e prefeito de Canoas, Jairo Jorge, informa que o modelo proposto é baseado nos cálculos da empresa Odebrecht, porém com modificações em relação ao do ano passado que acabou sendo suspenso. Ele destaca o aumento de acessos à rodovia como uma das diferenças. Outro ponto ressaltado por Jorge é que foi reduzido em cerca de R$ 50 milhões o total da contrapartida do governo do Estado. O prefeito relata que a rodovia estimulará a economia da região e as prefeituras projetam um acréscimo de R$ 200 milhões ao ano em arrecadação de impostos com esse desenvolvimento. "A ERS-010 permitirá que se crie um anel viário metropolitano", acrescenta Jairo Jorge.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Obras na Rodovia do Parque vão bloquear a Freeway

A partir 07 deste mês a Freeway terá bloqueio parcial das 21h às 6h para continuidade da obras na BR-448, conhecida como Rodovia do Parque. A interrupção se dará na faixa da esquerda e acostamento interno, em ambos os sentidos, para a implantação das fundações dos pilares de sustentação. A restrição, que ocorrerá por um mês, se deve a questões de segurança aos usuários.
Durante o dia, somente os acostamentos internos estarão bloqueados, pois os maquinários pesados da construção ficarão no canteiro central na rodovia. O bloqueio será nos quilômetros 93 e 94, nas proximidades da Vila Areia e Arena do Grêmio. A área estará com sinalização especial para maior segurança dos motoristas que passarem no trecho.
A Polícia Rodoviária Federal alerta aos motoristas que, às 6h, quando será suspenso o bloqueio, o trecho exigirá atenção. Em agosto, serão instaladas duas vigas, quando podem ocorrer transtornos ao tráfego com a interrupção total da via. Com extensão de 22,3 quilômetros, a Rodovia do Parque liga Porto Alegre a Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A estrada será alternativa ao congestionado trânsito na BR-116 e pode absorver 40% do fluxo de veículos. A previsão para o término das obras é para o segundo semestre de 2012.

Duplicação RS118

O secretário de Infraestrutura e Logística do RS, Beto Albuquerque, recebeu ontem representantes da Construtora Triunfo, responsável pela duplicação de um dos lotes da ERS-118. No encontro, o titular da pasta informou ao diretor superintendente da empreiteira, Gustavo Müssnich, que o governo do Estado já empenhou os recursos previstos ao trecho em 2011, no valor de 10 milhões de reais, o que dará condição da empresa tocar a obra em ritmo acelerado. O lote de responsabilidade da construtora compreende o trecho que vai do entrocamento da BR-116 (Sapucaia do Sul) até a BR-290 (Gravataí).
O deputado Ronaldo Zulke PT-RS cobrou agilidade e maior rapidez na duplicação da estrada que considera estratégica para o deslocamento da população da região metropolitana de Porto Alegre.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Prefeitura e moradores do São João Batista discutem construção de passarela na RB116

Por iniciativa do Deputado Ronaldo Zulke PT-RS, no dia 30 de maio, reuniram-se com o prefeito Ary Vanazzi de São Leopoldo, integrantes do bairro São João Batista, conjuntamente ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), representados pelos engenheiros João Loureiro e Carlos Pitta.
O objetivo da reunião foi levar até o DNIT uma carta oficial contendo alternativas e sugestões para a construção da passarela que ligaria os dois lados do bairro cortado pela BR116.
Segundo o prefeito, esta questão se arrasta desde 2006. "Iríamos desapropriar duas áreas de terra, uma do lado esquerdo e outra do lado direito da BR-116. Tivemos problemas com um dos proprietários, que permitia apenas a desapropriação da área integral do seu terreno, o que custaria para nós R$ 500 mil, mais do que o custo da passarela. Enfrentamos durante três anos um processo na justiça o que acarretou na desistência da empresa vencedora em construir a obra". Ele contou também que o DNIT rescindiu o contrato com a empresa e que o departamento não possui nenhum projeto para executar a obra até a conclusão do viaduto da Unisinos.
Entre as alternativas apresentadas estavam: a construção de uma passarela provisória; a solicitação para que o DNIT recupere a licitação, com um aditivo ao contrato, e construa o elevador; um convênio onde a prefeitura realize o projeto e eles executem ou ainda que o DNIT libere os recursos, e a prefeitura licita e constrói a obra. Outra solução apresentada foi a de incluir a construção da passarela nas obras que a empresa Magna Engenharia está realizando ao longo da BR-116. Isto evitaria uma nova licitação e também a desapropriação de terras, já que a rampa de acesso sairia de uma das ruas de entrada do bairro.
Ao final da reunião, ficou decido que o prefeito Ary Vanazzi e uma comissão de moradores receberão o superintende na próxima terça-feira (7), às 10h, para saber qual a posição do DNIT frente às propostas. De acordo com Loureiro, as propostas serão analisadas e na próxima reunião, tanto os moradores quanto o prefeito, terão um retorno sobre o assunto.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Municípios debatem ações para tirar a RS-010 do papel


Sapiranga - Os detalhes da RS-010, a Rodovia do Progresso, que ligará Porto Alegre a Sapiranga, fizeram parte de encontro que reuniu secretários municipais, empresários e engenheiros na tarde de ontem em Sapiranga. Coordenado pelo prefeito anfitrião Nelson Spolaor, o único chefe de Executivo presente dos sete municípios que receberão a rodovia, a reunião teve como assunto predominante os interesses de cada cidade por onde a rodovia passará. Nova Hartz também esteve representada. Uma alteração no trecho final, em Sapiranga, foi o mais controverso. Mesmo com dúvidas sobre o trajeto principal e acessos, além da licitação inicial, que foi revogada, o projeto será apresentado ao secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, em reunião em Novo Hamburgo, em data a definir. Quando ocorrer, será o momento oportuno dos prefeitos apresentarem seus argumentos sobre a importância para a região dessa estrada de cerca de 41 quilômetros de extensão, cuja principal função será desafogar a BR-116.
AS MUDANÇAS
Ontem foi ratificada a decisão de que serão duas praças de pedágio no trajeto aos invés de três. Em uma das praças o valor passaria de R$ 4,80 para R$ 4,40. Isso significa aumento do número de usuários da rodovia e, por consequência, mais recursos, salientou o secretário de Transportes e Mobilidade Urbana de Canoas, Luiz Carlos Bertotto, representante da Associação dos Municípios da Região Metropolitana da Grande Porto Alegre (Granpal).
O valor da segunda tarifa passaria de R$ 2,40 para R$ 2,20. A praça de pedágio planejada entre Porto Alegre e Sapucaia do Sul foi retirada, visto que um estudo indica que a maioria das pessoas seguirá no sentido de Novo Hamburgo
SAIBA MAIS
A licitação da RS-010 foi suspensa em dezembro de 2010 pela Justiça por suspeita de irregularidades no processo
A Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seinfra) pretende abrir uma nova licitação, mas detalhes como quando e de que forma o projeto será implantado serão definidos até o fim do primeiro semestre
O projeto, que existe desde 1997, contempla a implementação, operação e manutenção do segmento leste do Anel Rodoviário Metropolitano, que será formado pela RS-010, com conexões com a BR-386, RS-118 e RS-240
Serão complementadas pela interseção com a Estrada Leopoldo Petry, em Novo Hamburgo, e, no segmento de conclusão, com a RS-239
O prefeito de Esteio, Gilmar Rinaldi, não enviou representantes à reunião porque não vê necessidade de mudanças no projeto no trecho que passa pelo município
Polêmica no trecho de Sapiranga
A chegada da RS-010 em Sapiranga foi o tema de maior discussão no encontro. Conforme o prefeito Nelson Spolaor, numa área próxima ao posto do Comando Rodoviário da Brigada Militar uma empresa está interessada em construir um condomínio residencial. Os empreendedores, no entanto, não querem que a rodovia passe por dentro do conjunto de casas. A Construtora Odebrecht, encarregada de elaborar o projeto, irá avaliar se poderá ou não ser feita a alteração da estrada neste local.

Melhoria em mobilidade urbana

Um Grupo de Trabalho formado por integrantes do governo do Estado e da prefeitura de Porto Alegre discute a possibilidade de realização de obras que melhorem a mobilidade urbana na região Metropolitana. A finalidade é reduzir os constantes engarrafamentos, em especial na avenida Castelo Branco, na entrada da Capital. As obras também visam a realização da Copa do Mundo de 2014. Como Porto Alegre está entre as cidades que sediarão o evento, uma das exigências é de que haja melhorias na mobilidade urbana. Os principais problemas são verificados no início da manhã e no final da tarde, quando o fluxo de veículos é mais intenso na chegada e na saída da Capital. A ideia é manter contato permanente com os representantes dos municípios da região Metropolitana para que integrem a iniciativa e apontem alternativas. Os engarrafamentos normalmente são reflexos do trânsito das BRs 116, 386 e 290, assim como da RS 040.

Mais de 7 mil toneladas de aço darão forma à Rodovia do Parque

A construção da BR-448, a Rodovia do Parque, é hoje considerada uma das obras rodoviárias mais importantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. Este título não é à toa. Serão construídas - ao longo dos seus 22,3 quilômetros de extensão - 16 obras de arte especiais, sendo boa parte com peças pré-moldadas, como pré-lajes e vigas. Para dar formas a viadutos, pontes, passagens de nível e elevadas, serão produzidas 3.941 vigas e 57.943 pré-lajes.

Para a fabricação das 61.884 unidades pré-moldadas serão necessárias mais sete mil toneladas de aço e aproximadamente 40 mil metros cúbicos de concreto. É no canteiro industrial do Lote 3, trecho referente aos 7,9 quilômetros finais da nova rodovia, que está concentrada a maior parte deste volume. Nele são construídas as obras de arte mais complexas do conjunto de intervenções, tais como a ponte estaiada sobre o Rio Gravataí, o seu acesso e a interseção com a BR-290, em Porto Alegre. Juntas - somente estas três estruturas - vão necessitar de 46.106 unidades de pré-lajes. E a produção, que envolve 213 trabalhadores, já concluiu a fabricação de 6.755 destas peças.

Das 3.846 vigas previstas para o trecho do Lote 3 o consórcio Queiroz Galvão- OAS- Brasília Guaíba já concluiu 3.570. Segundo o coordenador-geral do Consórcio Gerenciador da BR-448/RS, Luiz Antônio Didoné, o volume de peças produzidas no canteiro principal do Lote 3 chama a atenção. “Este volume é espetacular. A tecnologia utilizada para produção das peças pré-moldadas foi especificamente desenvolvida para as obras da BR-448”, completa.

O segundo trecho da Rodovia do Parque, com 5,3 quilômetros de extensão, conta com 50 homens atuando no seu canteiro industrial. O Lote 2, sob a responsabilidade das empreiteiras Construcap e Ferreira Guedes, terá de produzir 69 vigas e 8.304 pré-lajes para as cinco obras de arte especiais projetadas neste percurso. Do total, 40% já estão prontos.

No Lote 1, que começa no marco zero da BR-448, em Sapucaia do Sul, e segue até o acesso da BR-386, em Canoas, totalizando pouco mais de 9,1 quilômetros do traçado da Rodovia do Parque, são cinco obras de arte especiais e juntas somam 26 vigas e 2.408 pré-lajes. Dessas as empresas consorciadas Sultepa e Toniolo, Busnello já fabricou 700 pré-lajes.