quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tecnologia de construção torna possível acelerar a execução


O coordenador-geral do consórcio gerenciador da rodovia, Luiz Antônio Didoné, é quem prevê o prazo de conclusão da BR-448 para agosto de 2012. “O que pode gerar atraso é a transferência das famílias instaladas na Vila do Dique. Estamos prevendo o início da transferência de parte dessas famílias já a partir de julho, quando estará pronta a vila de passagem, no bairro Fátima”, projeta Didoné. Segundo ele, a questão social que envolve as 600 famílias que vivem na vila é complexa. Dnit e prefeitura de Canoas estão envolvidos na operação.
Alguns lotes da rodovia estão mais adiantados do que outros. A defasagem na entrega da obra completa se deve a este detalhe. O contrato prevê a finalização em março do próximo ano. O lote 1, que é o ponto zero e se inicia no entroncamento da BR-116 com a RS-118, está com a terraplenagem bem evoluída. Praticamente toda a sua extensão está em obras. Apenas o segmento inicial de dois quilômetros próximo ao viaduto da BR-448 com a BR-116 depende de desapropriação.
O lote 2, por exemplo, ainda em junho poderá receber o pavimento em determinados segmentos. Neste lote, todas as pontes e os viadutos estão em obras. O lote 3, que começa em Porto Alegre, é o trecho mais difícil dos três. A construção da elevada depende da remoção das famílias da Dique canoense. “Por isso, está mais atrasado”.
Para assegurar e prevenir percalços, o TCU faz auditorias e fiscaliza o andamento da obra. O órgão não comenta as informações, pois ainda está executando a diligência. Só após a elaboração do relatório é que haverá a divulgação de informações. O Ministério Público Federal foi convidado a conhecer a situação em que vivem as famílias a serem reassentadas e como será a condução da remoção. “É um trabalho social empolgante. Nós, engenheiros, acostumados a executar obras civis, estamos todos sensibilizados com as condições subumanas em que vive aquela comunidade”, desabafa Didoné.
O coordenador diz que o modelo de construção da ponte estaiada será inédito. “E será um novo cartão- postal, das duas cidades.” Segundo o engenheiro, há um esforço dos três consórcios para acelerar as obras. As tecnologias que vêm sendo empregadas, como a confecção das colunas e vigas dos viadutos que compõem o complexo viário sobre a BR-290, agilizam e podem reduzir em um terço o tempo da obra, já previsto no prazo estipulado. “Praticamente todos os elementos pré-moldados que compõem os viadutos estão prontos.”

Nenhum comentário: