quinta-feira, 12 de julho de 2012
Alugar bicicleta vira moda em São Paulo
Com cem bicicletas espalhadas em dez pontos estratégicos da Vila Mariana, o sistema Bike Sampa, implantado em maio, já virou parte da rotina dos moradores do bairro da Zona Sul. Para usar os bicicletários, com dez bicicletas cada um, é necessário fazer um cadastro, ter um cartão de crédito e pagar uma taxa de R$ 10 de depósito.
“Eu uso todo dia. Pego a bicicleta, vou até o Metrô Ana Rosa e estaciono no bicicletário de lá. Na volta, eu pego lá e deixo aqui”, afirmou o arte-educador Júlio Prates, de 25 anos, morador da Rua Áurea e usuário do bicicletário da Rua Rio Grande.
“O meu irmão também usa quase todo dia. Até vendi minha bicicleta. Os meus vizinhos estão todos começando a usar”, disse Prates, que aprova a iniciativa, mas acha que o tempo de uso gratuito poderia ser maior. “Você tem 30 minutos para usar o veículo, senão paga R$ 5. É suficiente para ir de um ponto a outro, mas às vezes é meio apertado”, falou o arte-educador.
“A ideia é justamente interligar pontos próximos cujo trajeto fique no raio de deslocamento ideal da bicicleta”, disse Cícero Araújo, diretor de relações institucionais do banco Itaú, patrocinador do projeto.
“É a forma que encontramos de devolver à sociedade mais do que impostos. É uma solução que melhora a vida das pessoas nas cidades, integra Metrô e ônibus e permite às pessoas se locomover com mais facilidade”, disse Araújo.
O Itaú não revela o valor investido no projeto e não fechou os dados dos primeiros meses de utilização do sistema em São Paulo.
O programa carioca, em funcionamento desde outubro de 2011, tem 75 mil usuários, que fazem 120 mil viagens por mês. Atualmente, 58 estações estão ativas, de 60 previstas, disponibilizando 580 bicicletas.
Em São Paulo, a empresa pretende aumentar de dez para cem pontos de aluguel, elevando o número de bicicletas de cem para mil nos próximos cinco meses. Até 2014, a previsão é inaugurar mais 200 bicicletários, totalizando três mil bicicletas em todas as regiões da cidade.
O Metrô possui 22 bicicletários, onde, mediante cadastro, é possível estacionar sua bike ou emprestar uma.
O designer gráfico Anderson dos Anjos, de 35 anos, conheceu o amigo Anderson Pereira, cobrador de 39 anos, no bicicletário do Metrô Anhangabaú. Usuários diários do serviço, eles deixam as bicicletas estacionadas gratuitamente no local e voltam juntos para o bairro da Liberdade, onde moram. “É um serviço maravilhoso. Toda estação tinha de ter bicicletário”, diz o designer. “Além de tirar carros das ruas, estimula a prática de exercícios”, afirmou Pereira.
“A minha crítica é que faltam bicicletas. Se você não chegar cedo, não consegue pegar uma. O serviço tinha de ser ampliado”, falou o geógrafo Eliseu Oliveira, de 40 anos, também usuário diário do posto de bicicletas do Anhangabaú. “Nós temos projeto e capacidade para ampliar a iniciativa, mas dependemos de patrocínio”, diz Ismael Caetano, presidente do Instituto Parada Vital, Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que administra os bicicletários do Metrô.
Por http://www.mobilize.org.br/noticias em 10.7.2012
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