4º Mutirão Conciliatório da BR 448 busca acordo em 20 processos

Para buscar acordo em 20 processos que envolvem mais de 70 proprietários, posseiros e interessados, a Justiça Federal de Canoas realiza até amanhã, 29, o 4º Mutirão Conciliatório de áreas que abrangem o traçado da BR-448 (a Rodovia do Parque). Ontem, data de início dos trabalhos, foram tratados de casos de pessoas que ocupam áreas públicas junto à vila Dique, em Canoas, e não quiseram se mudar para a Vila de Passagem. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estipulou um valor, não revelado, para o pagamento das casas e benfeitorias. A partir da definição dos acordos, estipula-se também o prazo para a saída dos moradores da área pública. Para hoje, é previsto o início das negociações envolvendo glebas privadas, também na faixa de domínio das obras da rodovia. A expectativa do Dnit é repetir o sucesso dos mutirões anteriores, quando em quase 100% dos casos houve acordos.
R$ 41,3 milhões - Conforme o Dnit, das 149 áreas a serem expropriadas, 107 já foram liberadas até o momento. O total pago atingiu 41,3 milhões de reais em indenizações. Iniciativa da Justiça Federal, o Mutirão Conciliatório tem apoio do Dnit, AGU, advogados, defensores públicos e do Consórcio Gerenciador das Obras da BR-448.
Esperança de acertos
Morador há oito anos da Vila Dique, o casal Claudiomir Vicente, 44, e Fátima Rosa, 29, mostrava preocupação com a possível oferta por sua casa ser abaixo do esperado. “Em Canoas não se compra casa por menos de 60 mil, a não ser em lugares também irregulares”, pontuava Claudiomir, ao enumerar oferta anterior do Dnit, de 17 mil reais, pela casa. Também buscando preço justo para seu imóvel, o pintor José Aldair Gonçalves, 43, e a dona de casa Roselaine César, 29, não escondiam o nervosismo. “O interesse público precisa ajustar-se ao nosso interesse pessoal”, dizia José Aldair, acompanhado de advogado.
Por Jornal Diário de Canoas em 28.02.2012