Um dia após o alagamento que deixou debaixo d’água várias ruas dos bairros Rio Branco, Mathias Velho, Fátima e Niterói, o saldo da limpeza feita em valos, bueiros e casas de bomba assusta: ao todo, foi recolhido o equivalente a 25 caminhões truck de lixo. Os entulhos, conforme o secretário adjunto de Obras de Canoas Lademir Silveira, são a principal causa do estrago ocorrido na manhã de quarta-feira. Com a precipitação muito intensa - choveu 106 milímetros em seis horas, o esperado para 15 dias - e a canalização obstruída por sujeira, o sistema de escoamento não deu conta.
Retirada de aterro
Na tarde de quarta, a Secretaria de Obras de Canoas eliminou o aterro que obstruía a vala externa da rua Curitiba. No local, há um acesso usado pelos caminhões que levam material às obras da BR-448. Lademir Silveira explica que a medida foi necessária para que a água da chuva, que alagou ruas e casas próximas, além da casa de bombas 6, pudesse escoar pelo canal até o Rio dos Sinos. Após a abertura da passagem, que durou nove horas, com utilização de uma escavadeira hidráulica, em cerca de uma hora e meia a situação estava normalizada. Conforme Lademir, o consórcio comprometeu-se a instalar mais três módulos de concreto no canal, além dos três já existentes.
Dnit analisa instalação de galerias
Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) o pedido da Secretaria Municipal de Obras de Canoas de instalação de mais três galerias (de 1 metro por 1,5 metro) sob a estrada de serviço, no bairro Mathias Velho, está em análise pela autarquia. A colocação das galerias é uma medida preventiva contra possíveis inundações em ruas do bairro nas proximidades da obra da BR-448. Implantado há mais de um ano, na faixa de domínio da ALL, o caminho de serviço é a alternativa para o transporte de material para a construção da Rodovia do Parque e será removido com a conclusão dos trabalhos.
Sofá e geladeira
O material retirado das valas e das telas das casas de bombas surpreende. Sofás, colchões, tábuas, carcaças de ventiladores e até a estrutura de uma geladeira foram encontrados após a chuvarada. ``A comunidade larga o lixo às margens dos valões e a chuva empurra para dentro’’, explica Lademir Silveira, da Secretaria de Obras. O resultado é o que se viu na quarta-feira: água invadindo ruas e demorando a ter vazão. O secretário adjunto garante que todas as casas de bombas foram ligadas. ``Mas só na casa de bombas 6, no final da rua Curitiba, retiramos 150 metros cúbicos de lixo. E no entroncamento da Rio do Sinos, Engenheiro Kindler e Maria Isabel, no Mato Grande, havia o equivalente a três caminhões de entulho’’, enumera Lademir.
Por Diário de Canoas em 24.02.2012
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