quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Viaduto da Unisinos é liberado, mas sinaleira segue na BR-116

Quem passou pela BR-116 ontem pela manhã, por volta das 10 horas, pôde acompanhar o burburinho em torno da inauguração do viaduto da Unisinos. Após 10 anos de tratativas e dois anos de obras, a ponte estaiada foi liberada para o trânsito de veículos na presença do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos; do governador do Estado, Tarso Genro; do prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, e do superintendente estadual do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Vladimir Casa, entre outras autoridades. A remoção do semáforo no acesso à Unisinos, no entanto, não vai mais ocorrer de imediato. Em função de a passagem de pedestres não ter ficado pronta, a sinaleira seguirá em funcionamento para esse fim.
“O viaduto é uma bela obra de engenharia que se integra ao conjunto de intervenções que estão sendo feitas na BR-116 para dar mais segurança e eficiência ao fluxo intenso’’, comentou o ministro. Estima-se que cerca de 7 mil veículos utilizem o viaduto por dia em época de aulas na Unisinos.
Passagem de pedestres não foi aberta
Apesar da liberação do viaduto para os motoristas, a passagem de pedestres ainda não foi aberta. Segundo o superintendente estadual do Dnit, Vladimir Casa, falta concluir alguns acabamentos na escada que dá acesso para os pedestres e a calçada embaixo do viaduto. As obras devem estar finalizadas entre 15 e 30 dias. Enquanto isso, as pessoas devem continuar atravessando nas sinaleiras logo adiante da ponte e que, por enquanto, estarão funcionando. “Vamos instalar um sistema nas sinaleiras para que elas fiquem abertas o tempo todo. Quando o pedestre quiser atravessar, ele aperta o botão e o sinal vermelho será ativado’’, explicou Casa.
Saiba mais
Até a véspera da inauguração, a decisão do Dnit era desligar a sinaleira da BR-116 após a liberação do viaduto. Porém, já que a passagem de pedestres não ficou pronta, foi feita uma análise técnica – e também a pedido do prefeito Ary Vanazzi – e a sinaleira que existe logo depois do viaduto permanecerá ligada. Só será desativada depois que a calçada embaixo do viaduto ficar pronta, assim como a escada que dá acesso dos pedestres à ponte estaiada. “Assim que esses detalhes estiverem resolvidos vamos conversar com a comunidade, mas a intenção é de desligar a sinaleira e retirá-la do local’’, ressaltou o superintendente estadual do Dnit, Vladimir Casa.
Para o prefeito Vanazzi, a sinaleira deveria ficar ligada até a construção de uma passarela. “A travessia é perigosa’’, considerou. Marcos Barbosa, chefe da Seção de Policiamento Rodoviário do Estado, espera que com o viaduto o número de acidentes reduza. Segundo ele, em 2010 aconteceram no quilômetro 250, onde ficam as sinaleiras, 240 acidentes. Só no ano passado foram 312. “Cerca de 60% desses acidentes são de colisão traseira. Ou seja, quando o veículo da frente freia para parar no sinal vermelho, o de trás acaba batendo’’, contou.
Ajustes finais para novas obras no RS
Quanto aos viadutos de Sapucaia do Sul e do bairro Roselândia, em Novo Hamburgo, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, declarou que ajustes finais estão sendo feitos nos projetos. “O prazo limite para a publicação do edital é abril’’, comentou. Passos também veio ao Estado para tratar com o governador Tarso Genro sobre questões de outras rodovias, como a duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas, onde as obras podem iniciar até março. “Queremos concluir o processo de licitação no fim de fevereiro ou início de março, para então começar as obras de duplicação’’, falou o ministro.
Moradores protestam por passarela
Moradores do bairro São João Batista aproveitaram a solenidade de inauguração do viaduto da Unisinos para protestar, pacificamente, contra a falta de uma passarela para travessia de pedestres no local. Após receber uma carta dos moradores pedindo agilidade na construção, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou durante a coletiva a imprensa que o edital deverá ser publicado no fim de fevereiro. “O processo de licitação é demorado. Acredito que a passarela estará disponível para uso no primeiro semestre de 2013’’, ressaltou o engenheiro regional do Dnit, Carlos Pitta.
Manifestação
No bairro moram em torno de 5 mil pessoas. De acordo com o aposentado e morador do bairro há 41 anos Luiz Aroni da Silva, 53 anos, a promessa da passarela é antiga e já está desacreditada. “Essa passarela está para ser construída há 30 anos e agora eu só vou acreditar depois que as obras começarem’’, contou ele, que esteve ontem participando da manifestação. Por Diário de Canoas em 01/02/2012.

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