segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sinaleira na BR-116: caos na Roselândia (NH) sem data para acabar


Paciência é uma virtude imprescindível para quem precisa passar diariamente pelo trecho da BR-116 no bairro Roselândia, em Novo Hamburgo. Nos horários de pico – início da manhã e final de tarde – formam-se filas gigantescas em função da sinaleira existente no acesso ao bairro. O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) tem projeto de duplicação entre Estância Velha e Dois Irmãos que inclui a construção de um viaduto no local, mas as obras não devemcomeçar neste ano. Pior ainda: enquanto isso, nenhuma alternativa que possa tornar o trânsito mais fluído está prevista pelo órgão.

Todos os dias, passam pelo trecho entre 25 mil e 30 mil veículos. Aos finais de semana, há um agravante: o movimento é intenso no final da tarde porque a rodovia é uma rota turística. Especialista em engenharia de tráfego, João Hermes Nogueira Junqueira não tem dúvidas de que o poder público precisa tomar alguma providência. ‘‘Como não há recursos para implantar logo a obra, de alguma maneira o responsável pela via temque fazer alguma coisa’’, enfatiza.

Medidas paliativas, como a construção de uma rotatória ou um trevo com refúgio central, nos moldes da que foi construída em Ivoti, são descartadas pelo Dnit. ‘‘Os volumes de tráfego da rodovia e os que saem da Roselândia não comportam a construção de uma rotatória. A situação do tráfego até pioraria. A única solução é a construção do viaduto’’, avalia o engenheiro supervisor da unidade de São Leopoldo do órgão, Carlos Adalberto Pitta Pinheiro, descartando também outras medidas, como a mudança de tempo da sinaleira.

Ele reforça que a sinaleira no entroncamento com a Rua Benjamin Altmayer aumentou a segurança no local. ‘‘Apesar de o semáforo reter o fluxo da BR- 116, ordena o tráfego com maior segurança, pois antes da sua instalação os acidentes eram constantes.’’

A comerciante Marlene Morbach, 62 anos, tem um bar em frente à sinaleira e já testemunhou diversas tragédias. ‘‘Já vi muita morte, inclusive a de meu cunhado e de uma grande amiga.’’ Nem seu bicho de estimação, a cachorra Preta, escapou da violência. ‘‘Também foi atropelada e conseguimos salvá-la por milagre.’’

Por Jornal Diário de Canoas em 08.4.2012

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