quinta-feira, 17 de maio de 2012

Reivindicação por passarela provoca impasse e congestionamento na BR116 em São Leopoldo

A reivindicação por uma passarela causou tumulto e congestionamento por volta das 19h desta quarta-feira em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Moradores do bairro São João Batista protestaram pela construção da travessia das quatro pistas da rodovia Porto Alegre-Novo Hamburgo (BR-116). Cortado pela estrada, o bairro está separado da cidade por cerca de 500 metros. O objetivo dos manifestantes era bloquear a rodovia por pelo menos uma hora. Mas no fim da tarde a Justiça Federal proibiu a ação. Em seguida, policiais do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) impediram que os mais de 100 manifestantes interrompessem o trânsito. Informado da decisão, o grupo decidiu protestar no acesso à Unisinos, a poucos metros da estrada e fora da área de atuação da PRF. Após negociar com Brigada Militar e Guarda Municial, os manifestantes deixaram o local de forma pacífica. O trânsito ficou interrompido por cerca de 20 minutos, o que causou congestionamento devido à proximidade do início das aulas na universidade. O chamado Viaduto da Unisinos fica menos de meio quilômetro adiante do ponto onde a passarela é mais necessária. Com investimento de R$ 32 milhões, a estrutura abriga, ao lado do acostamento, uma passagem para pedestres. A travessia sobre a rodovia pelo viaduto, no entanto, é feita por poucos moradores. — Essa passagem está no local errado. Ela fica em um ponto distante e além disso, tem pouca segurança para quem passa pelo local durante a noite — afirma o vereador, e morador do bairro, Nestor Pedro Schwertner (PT). Pouco mais de 5 mil pessoas vivem no bairro. De um lado da BR-116 fica a Vila Otácilio, e do outro, a Vila Batista. A Associação dos Moradores do Bairro São João Batista estima que pelo menos mil pessoas atravessem de um lado para o outro todos os dias para trabalhar, ir à escola ou à igreja. Dessas, apenas 10% se beneficiaram com a passagem feita no viaduto inaugurado no final de janeiro deste ano. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no início das discussões em torno do viaduto já se sabia da necessidade de uma passarela a cerca de 400 metros da construção. O projeto chegou a ser licitado, mas problemas na liberação da área onde seria erguida a passarela atrasaram o início da obra, até que a empresa contratada desistiu do contrato. Com o passar do tempo o projeto teve ser revisto. De acordo com o coordenador da unidade do Dnit em São Leopoldo, Carlos Adalberto Pitta Pinheiro, um novo foi finalizado, e está em Brasília aguardando aprovação de preços de alguns itens da obra que não constam no cadastro do órgão. O orçamento final deve girar em torno de R$ 1,5 milhão. A licitação deve ser iniciada nos próximos 15 dias, e depois de finalizada, a passarela poderá ser concluída em oito meses. — O viaduto é apenas uma opção para os moradores, sabemos da necessidade da construção da passarela — afirma Pitta. Especialista reforça necessidade da passarela Conhecendo de perto a realidade dos moradores do bairro São João Batista, o especialista em trânsito, e professor da Unisinos, João Hermes Nogueira Junqueira, reforça a necessidade de construção da passarela. — Atualmente as pessoas estão atravessando pela pista, o que é extremamente perigoso. Essa passarela está prevista há bastante tempo, e é necessária — lembra Junqueira. A distância entre o ponto onde os moradores atravessam a BR-116 e o viaduto é a principal justificativa para o projeto. — De casa até o viaduto eles caminhariam cerca de um quilômetro, e depois de atravessar, mais um quilômetro para ir até o local onde ficam as escolas e empresas onde trabalham — afirma. Por http://zerohora.clicrbs.com.br em 16.5.2012

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