A grandiosidade da BR-448 não está apenas nos benefícios
econômicos ou no volume de material necessário
para erguê-la, mas também na preocupação com o impacto
socioambiental. Vinte e dois programas ambientais
foram desenvolvidos para atenuar as consequências de
uma obra do porte da Rodovia do Parque. Dessas plataformas,
a que trata da revitalização da vegetação na faixa
de domínio da estrada e a do reassentamento populacional
estão entre as que mais chamam a atenção. Isso
por tratar do assunto muito além do paisagismo. Entre as
metas está a utilização da flora como sinalização viva, o
que contribui para a segurança rodoviária. “Funciona por
indução. Ao ver uma árvore no horizonte, o motorista é
alertado de que haverá uma curva lá na frente”, exemplifica
o coordenador da gestão ambiental da BR-448, engenheiro
Adriano Panazzolo.
Dignidade é a palavra que melhor resume o que o Dnit
está levando para as seiscentas famílias que hoje vivem à
margem dos diques da cidade de Canoas. No local, sem acesso à água encanada, esgoto ou rede elétrica, por ser
uma área de ocupação irregular, as famílias vivem em
condições insalubres. Parte dessa população está sobre
o traçado da nova estrada ou muito próxima dela e, por
isso, todos os moradores serão reassentados. “Este é de
fato o diferencial ambiental da obra. Foi uma condicionante
da licença ambiental reassentar todas essas famílias
e não apenas as que estão sobre a faixa de domínio da
448”, frisa Panazzolo. “Além de ser uma ameaça ao Parque
Estadual Delta do Jacuí, é o retorno que a Rodovia do
Parque dará a essas pessoas”, completa.
O superintendente regional do Dnit, Vladimir Casa, lembra
que em 2010 foi firmado convênio com a Prefeitura
de Canoas para a construção de 600 unidades habitacionais
(256 apartamentos e 343 casas). Os imóveis serão
doados aos moradores previamente cadastrados pelo
executivo municipal. “Este assunto é tratado como uma
questão social. Fizemos convênio com a Prefeitura de Canoas,
pois entendemos que não é especialidade do Dnit
lidar com estas questões”, esclarece Casa.
A licitação para a construção dos apartamentos, conforme
o executivo canoense, está prevista para ser realizada
ainda na primeira quinzena deste mês. Os imóveis terão
em média 43 metros quadrados divididos em dois quartos,
sala, cozinha e banheiro. Por Infovias 24/10/2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
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