Apesar de obras em dois trechos, estrada importante na malha rodoviária da região está um caos.
Uma estrada aos pedaços é o que encontra o motorista que decide encarar o desafio de trafegar pela RS-118, uma rodovia que hoje em dia poderia ser uma ótima alternativa para a congestionada BR-116, servindo de atalho à free way, como foi há mais de 20 anos, quando era utilizada por quem se dirigia ao litoral norte. Hoje, a RS-118 se tornou uma estrada pouco atrativa, congestionada, cheia de buracos e perigosa para se transitar, já que pedestres, casas e montes de lixo surgem às suas margens, que em muitos trechos nem apresentam um acostamento de segurança. A esperança são as obras de duplicação, que já atravessam uma década, mas que vem sendo defendidas como uma das prioridades do atual governo do Estado pelo secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque. “Em dez meses investimos R$ 16 milhões na duplicação da RS-118, que é uma prioridade. Investimos neste período R$ 3 milhões a mais que os últimos governos investiram em 8 anos”, afirma Albuquerque.
Muitos problemas
A reportagem do Jornal NH percorreu os 22 quilômetros - do entrocamento com a BR-116 ao acesso à free way - e constatou uma situação controversa em vários trechos, onde as novas pistas em construção dividem espaço com as que estão precárias. De maneira geral, o asfalto é ruim, a sinalização é precária e o acostamento é inexistente na maior parte dos trechos atuais. Do quilômetro 0 ao 5, em Sapucaia, único trecho onde não há obras previstas (apesar de já se ter uma empresa licitada para a obra), a duplicação só será iniciada após a retirada de mais de 800 famílias instaladas irregularmente às margens da rodovia. A previsão é que neste ano ocorra a remoção. E aí a duplicação ocorreria em 2013, ano em que deverão estar concluídos, segundo as projeções iniciais do governo do Estado, os outros dois trechos (dos km 5 a 11 e do 11 ao 22), atualmente em obras.
A situação dos três trechos
A duplicação da rodovia RS-118 está separada em três lotes, dois deles já em obras. O lote que compreende o entrocamento da BR-290 até a futura RS-010, totalizando 10,4 quilômetros, é de responsabilidade da Construtora Triunfo e está em obras, assim como o lote que corresponde ao trecho do quilômetro cinco ao quilômetro 11, de responsabilidade da Construtora Sultepa. O único lote ainda sem obras é o quilômetro zero ao cinco, responsabilidade da empresa Conterra, que aguarda a remoção das casas das margens da rodovia para dar início à obra de duplicação.
Quilômetros 0 a 5
Os primeiros metros apresentam movimentação de caminhões na pista devido as obras de duplicação do viaduto sobre a BR-116 - no início da Rodovia do Parque. O asfalto no primeiro quilômetro apresenta condições regulares, sem buracos na pista de rolamento. Dos quilômetros 2 a 3 é possível avistar lixo no acostamento e no quilômetro 2,8 - ao lado da primeira passarela - começam os buracos e acostamento irregular. No quilômetro 4, próximo de um equipamento de fiscalização eletrônica, avista-se uma série de buracos na rodovia. Nos cinco quilômetros há fluxo intenso de pedestres devidos a presença de moradias ao lado da pista, algumas, a pouco mais de um metro de ondem passam os veículos.
Quilômetros 6 a 11
O trecho é marcado por uma nuvem de poeira na pista - devido as obras de duplicação - o que requer cautela dos motoristas. No quilômetro 6 a sinalização horizontal, delimitando os dois sentidos, é fraca ou inexiste. Próximo ao quilômetro 8 iniciam-se as rachaduras na pista de concreto e no quilômetro seguinte as fissuras ficam maiores, forçando os motoristas a colocar o pé no freio. Na áreas em obras, máquinas transitam nos dois lados da rodovia e aí a atenção deve ser redobrada, já que há pontos de travessia de pedestres, pontos de congestionamento e, claro, masi buracos e deformações da pista.
Quilômetros 11 a 22
No quilômetro 12,8 os trabalhos de duplicação seguem intensos próximo ao posto do Comando Rodoviária Estadual de Gravataí. Mais adiante, segue a construção viaduto sobre a Avenida Marechal Rondon, onde já é possível avistar as bases da estrutura. Dos quilômetros 13 ao 14,5 não há sinalização na pista. Aí inicia-se a nova pista já quase concluída, onde para barrar o acesso foram colocados toras de madeira. Na pista antiga, as rachaduras ficam mais intensas na pista do sentido Gravataí-Sapucaia. No quilômetro 17 o acostamento está esburracado e há deformações (verdadeiros morrinhos) na divisão entre a pista de rolamento e a lateral. Do quilômetro 18 em diante a pavimentação melhora, mas a sinalização é ruim. O trafégo intenso também força os pedestres a aguardarem para cruzar a pista. A auxiliar de manutenção Cristina Lacau, 26, ficou 10 minutos no acostamento esperando para ir até o posto.
Por jornal Vale do Sinos em 02.3.2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
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