Opinião do Jornal do grupo Sinos
Uma rodovia com potencial e importância para a região, mas com problemas que já se arrastam desde o final do século passado, a RS-118, que liga a BR-116 à free way (BR-290), e que futuramente terá ligação direta com a BR-448 e será cruzada pela RS-010, é um grande desafio para os que precisam usá-la e para aqueles que têm a responsabilidade de colocá-la em perfeitas condições. O governo do Estado, na palavra do secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, garante que a estrada é uma das prioridades e deve ter concluída sua reforma e duplicação até o final de 2014. Esta é uma boa notícia, mas o problema é que a rodovia precisa de medidas que acelerem, pelo menos, a conclusão de uma das pistas. Sabe-se que as necessidades de obras no Estado são muito grandes e não existem recursos para atender toda a demanda.
Então, não seria o caso do governo contrair empréstimo e dar um ritmo ainda mais forte para concluir uma das pistas em um prazo curto, ao realizar um grande esforço? E para pagar o empréstimo poderia se instituir um pedágio comunitário, cobrando um valor baixo de dois reais. Certamente os usuários concordariam com a implantação de um pedágio para acelerar esta obra tão importante. Pedágio que poderia deixar de ser cobrado quando o empréstimo estivesse liquidado. É claro que se trata de uma ação emergencial, pois é preciso fazer algo mais urgente. A RS-118 é uma estrada que merece de todos um olhar especial, pois terá papel essencial na futura malha rodoviária da região metropolitana.
Retirada de famílias é para ocorrer este ano
O reassentamento das cerca de 850 famílias que vivem as margens da RS-118, do quilômetro zero ao cinco em Sapucaia do Sul, deve ocorrer ainda em 2012. Segundo o secretário de Habitação de Sapucaia do Sul, Tita Nunes, a intenção era remover até o final do ano passado, para que a duplicação, que agora deve ficar para 2013, já se iniciasse neste ano. “Estamos em busca de áreas para a implantação desse loteamento, mas queremos entregar esse espaço com toda a infraestrutura adequada’’, diz Tita ao informar que a secretaria está checando as possibilidades de áreas no município.
Quatro bairros estão em condições de receber um loteamento desse porte: Ipiranga, Lomba da Palmeira, Vargas ou Colonial. “Um desses locais deve receber as famílias. A intenção é entregar um lote totalmente urbanizado com condições de mobilidade, transporte, e que tenha posto de saúde e escolas de educação infantil e fundamental.’’ Nunes observa que até março deve ser contratado um cadastro sócio-econômico qualificado para identificar as famílias que estão no local. “Acredito que entre 30 a 40 dias deve ficar pronto.’’ Apesar desta discussão da remoção ser antiga, o secretário não soube informar se algum processo já tinha realizado antes, em outras gestões municipais.
Em relação à duplicação da rodovia em Sapucaia, o secretário Beto Albuquerque informa que há uma parceria entre os governos municipal e estadual para que a obra saia do papel o quanto antes. “A ideia é que conforme as pessoas forem sendo reassentadas, a obra avance e desta forma evitamos que o espaço seja novamente ocupado.”
Por jornal Vale do Sinos em 02.3.2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
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